sexta-feira, 17 de junho de 2011

Graça é a base do relacionamento de Deus com o homem




Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós quando nós ainda éramos pecadores!
                                                (Paulo aos Romanos 5.8)
A páscoa é uma das datas mais importantes do calendário cristão em todo o mundo, inclusive no Brasil. Nesta data, muitas crianças ficam ansiosas por receber de seus entes queridos, enormes e suculentos ovos de chocolate, bombons saborosos e chocotônes, das mais caras marcas.
Para muitos a páscoa é apenas isto, um dia para se doar chocolates, receber um presente do amigo-chocolate ou até comer um delicioso bacalhau da Noruega na casa da mãe ou da sogra.
Não tenho nada contra. Aliás, gosto muito de bacalhau e de chocolate.
Contudo a páscoa é muito mais que isso.
Pois foi em um dia como este, num domingo bem cedinho, que as correntes da morte tiveram que soltar o príncipe da vida, o pai da eternidade, aquele que garantiu que é a ressurreição a vida e quem nele crê, não morreria, mas teria o direito à vida eterna, aquele que afirmou que ninguém tiraria a sua vida, mas ele a daria para depois tomar de volta.
Este ato de morte e depois de ressurreição, foi uma prova cabal do seu amor pela humanidade. Onde dentro deste amor ele foi até as últimas conseqüências que o amor pode ir, dar a vida no lugar da pessoa amada.
O ponto alto da questão é que Jesus Cristo faz esta entrega, não só por quem o amava e respeitava. Jesus toma o lugar do político corrupto e corruptor e morre em seu lugar. Jesus toma o lugar da meretriz, do homicida, do pedófilo, do psicopata, que assassina crianças inocentes e indefesas, das figuras mais desprezíveis da sociedade moralista. Ele morre por todos, apesar de nem todos reconhecer este amor, ele o faz, na expressão mais pura da palavra “graça”, ele da a sua vida.
Isto me faz lembrar, de dois irmãos gêmeos idênticos, que viveram compartilhando tudo de bom e de ruim que a vida oferece, durante muitos anos. Os dois sonhavam auto e desejavam, um dia, ser respeitados, queridos e admirados. Mas como a vida é feita de escolhas, decisões e oportunidades, um deles subiu na vida, se tornou uma autoridade militar, um orgulho para a família e para a sociedade. O outro, infelizmente, fez as escolhas erradas, entrou por caminhos tortuosos e se tornou um bandido, aliás de alta periculosidade.
Por diversas vezes preso pedia o auxilio do irmão militar que usava sua influência e conseguia relaxar sua prisão, sempre com o pedido que este mudasse de vida.
Com o passar do tempo eles foram se afastando e o irmão gêmeo criminoso cometeu um assassinato e foi preso, desta vez fora da região que seu irmão íntegro e honesto trabalhava. Desesperado, ele vai ao seu encontro, agora já no corredor da morte, pois o país tinha pena capital, para homicídios.
Dentro da sela com seu mano tão amado, o militar tomou uma decisão drástica, tirou suas roupas e as deu ao condenado, vestindo as dele disse-lhe:
- Ao término desta visita, você estará livre de novo, saia por aquela porta e faça as escolhas certas, eu vou morrer em seu lugar porque eu te amo!
Com um forte abraço e em lágrimas, o meliante não pode dizer uma palavra porque seu irmão não deixou e ainda um tanto relutante deixou o corredor da morte e sumiu daquele recinto.
No dia da execução, o justo foi sacrificado pelo injusto, o bom deu a vida pelo mal. O condenado foi absolvido da morte e o inocente tomou o seu lugar.
Esta é a história da Graça de Deus, revelada em Jesus Cristo!
Isto é Graça!
Se o irmão homicida, criminoso, malfeitor, mudou de vida o sacrifício do irmão inocente valeu a pena.
E nós, será que valeu a pena Cristo ter morrido em nosso lugar?
Vamos repensar o nosso estilo de vida. Faça valer a pena!

Nosso relacionamento com a Igreja


              

A igreja primitiva nasceu debaixo de inúmeros inimigos externos, como o Sinédrio, o poder de Roma e seus imperadores, os judeus adeptos das seitas judaicas, como os fariseus e saduceus e ainda os partidos políticos, como o dos herodianos. Enfim, havia muita perseguição e oposição, porém o inimigo mais perigoso não era o que vinha de fora e sim o interno, que atacava, como um câncer, as estruturas espirituais do organismo vivo, da comunidade cristã, de dentro para fora.
A carta de Paulo aos coríntios tem muito a nos ensinar, devido ao seu conteúdo, que discorre sobre problemas que foram tratados, e eram muito semelhantes aos que as igrejas locais hoje enfrentam. Problemas conjugais, desunião, desordem no culto, vaidade de pregadores, falta de sabedoria no uso dos dons espirituais, desconhecimento das doutrinas básicas da fé cristã, entre tantos outros, existiam naquela comunidade de fé.  
As igrejas locais de hoje, tem muito em comum com a igreja de Corinto, tanto em suas virtudes como nos seus defeitos. Nesta carta vai ficar evidente que elas têm um lado muito lindo a ser observado e expandido no tocante ao uso, dos dons espirituais, contudo vai ficar claro também que temos grandes problemas a serem abordados com muita seriedade, que é a ausência de espiritualidade, por falta de observância do fruto do Espírito, na vida de muitos membros e porque não dizer de muitos obreiros também.
As igrejas locais nunca foram e nunca serão perfeitas aqui na terra. Partindo desta conclusão nós evitaremos a ilusão de exigir algo de nós e dos outros que nunca iremos alcançar. Enquanto vivermos neste corpo, teremos que conviver com muitas limitações e fraquezas, que só serão vencidas e amenizadas com uma maturidade maior de cada filho de Deus.
Devemos trabalhar para ter uma igreja ideal, segundo o modelo bíblico, contudo já sabendo de antemão que vivemos em uma igreja real, não de anjos ou de seres glorificados e impossibilitados de pecar. Isto evitará muitas decepções.
As igrejas locais amadurecerão muito, se conseguirem aplicar os ensinamentos divinamente inspirados desta carta, em sua vida prática, seja de forma coletiva ou individual.