Três episódios distintos e
marcantes são relatados por Mateus neste texto que eu gostaria de estuda-los
com vocês nesta oportunidade, extraindo deles algumas conexões com a nossa vida.
1.
O
primeiro episódio fala da Transfiguração de Jesus.
Quando ele sobe a um monte com seu círculo íntimo de amigos, Pedro, Tiago e
João e ali manifesta uma aparência não humana, mas divina e gloriosa, na
presença de seus amigos. É interessante notar que entre os discípulos de Jesus
estes três sempre estavam mais próximos dele. Olhando para a vida de Jesus, nós
sempre temos algo a aprender.
Esta
lição é muito importante para nossas vidas, que é em primeiro lugar não fazer
da solidão ou da personalidade antissocial, uma marca intencional de nossa personalidade.
Sei que entre os temperamentos que herdamos de nossos pais e avós, algumas
pessoas tem mais dificuldade de se relacionar, porém viver só é muito ruim e
até prejudicial para a saúde, busque construir
laços afetivos com as pessoas ao seu redor, na vizinhança, na escola,
na faculdade, no emprego, na igreja, na vida como um todo.
Jesus
sempre reservava um tempo para estar a sós com o Pai, contudo passando este tempo ele se voltava
novamente para os relacionamentos. Outra coisa importante é sabermos em
quem podemos confiar para trazer para nosso círculo íntimo de amizades. A bíblia
diz que existe amigo mais chegado que um irmão, todos precisamos disso, deste
tipo de relacionamento, todavia, isso é uma construção diária de doação,
entrega e recebimento de afeto, respeito, confiança e amizade.
2.
O
segundo episódio digno de nota neste relato de Mateus, é o do garoto que sofria
de ataques e caia no fogo e na água e já tinha quase morrido por isso. O
seu pai trouxe para o garoto para os discípulos o curarem, mas eles não
conseguiram, Jesus então o libertou e afirmou
que existem certos demônios que sem jejum e oração eles nunca poderiam
expulsar.
3.
O terceiro
episódio importante aqui é a questão do imposto cobrado por Roma dos judeus. Jesus
e Pedro não tinham dinheiro para pagar o imposto e Cristo ordena que Simão Pedro
vá até o mar e pesque e Jesus afirma que quando ele pegar o primeiro peixe
dentro dele haveria uma moeda que daria para pagar o imposto dele e de Pedro,
Pedro obedece e como Jesus falou acontece, ele pesca um peixe e ao abrir a
barriga deste encontra uma moeda com a qual paga o imposto dos dois.
O
que nós podemos pinçar de lições para a nossa vida destes versículos contidos
neste capítulo?
1º Independente de quem você
é ou da posição que você ocupa, o que dará um sabor maior a vida, serão as
amizades que você construiu e construirá ao longo de sua trajetória. Vs. 1-4 - Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de
Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte. Ali ele foi
transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se
tornaram brancas como a luz. Naquele mesmo momento apareceram diante deles
Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus: Senhor é bom
estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e
outra para Elias.
·
Jesus é Deus encarnado, Jesus teve parte de
sua glória revelada ali no monte, mas o que Jesus sempre valorizou e nos ensina
a valorizar são as pessoas ao nosso redor.
·
Portanto tenha projetos para a vida e lute
pata implementa-los, mas não deixe de levar pessoas com contigo.
2º No nosso relacionamento
com Jesus conforme o conhecermos melhor, não devemos ter medo de Deus e sim
respeitosamente ouvi-lo e obedece-lo. Vs.
5-8 - Enquanto
ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma
voz, que dizia: Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no! Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e
ficaram aterrorizados. Mas Jesus se aproximou, tocou neles e
disse: Levantem-se! Não tenham medo! E erguendo eles os olhos, não viram
mais ninguém a não ser Jesus.
3º
No
Reino de Deus três práticas são indispensáveis para obtermos êxito na nossa
luta contra o mal. Fé – Oração – Jejum. Vs. 14-21 Quando chegaram onde estava
a multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: Senhor, tem misericórdia do meu filho. Ele tem ataques e está
sofrendo muito. Muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o
trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.
Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês?
Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino. Jesus
repreendeu o demônio; este saiu do menino e, desde aquele momento, ele ficou
curado. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus em
particular e perguntaram: Por que não conseguimos expulsá-lo? Ele
respondeu: Por que a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se
vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este
monte: Vá daqui para lá’, e ele irá.
Nada lhes será impossível. Mas esta espécie só sai pela oração
e pelo jejum.
· Fé – Acreditar que Deus
está caminhando junto com a gente mesmo
que não possamos ver, mas temos que perceber pelas suas obras a sua presença.
· Oração – Fala
da intimidade com Deus – Algo que
não dá para disfarçar ou temos ou não temos. Leiamos em Atos 19:11-16 - Deus fazia milagres extraordinários por
meio de Paulo, de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e
colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos
malignos saíam deles. Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos
tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: Em
nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! Os que estavam
fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos
judeus. Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: Jesus, eu conheço, Paulo, eu
sei quem é; mas vocês, quem são? Então o endemoninhado saltou sobre eles e os
dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e
feridos.
· Jejum – Fala
da abstinência de alimentos sólidos
e líquidos – Mas hoje eu queria ir
mais além neste sentido e dizer que jejum também pode ser não só de alimentos,
mas de tudo que destrói a vida, de tudo o que nos afasta de Deus e das pessoas,
de tudo o que nos rouba a alegria de viver
- Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo,
tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23
4º No nosso relacionamento com Deus, podemos acreditar e confiar, que ele cuida
de nós até nos surpreende, no suprimento de nossas necessidades. Poucas
coisas pertubam tanto a alma humana, quanto a falta do dinheiro para suprir
necessidades básicas. Existem dois tipos de pregadores e ensinadores extremistas: O primeiro grupo ensina
que tudo é espiritual e que basta você contribuir financeiramente com a “Obra
de Deus” e todos os seus problemas financeiros irão evaporar. O segundo grupo é
totalmente cético com relação a qualquer tipo de ligação entre contribuição
financeira para o Reino de Deus e prosperidade material. Eu acredito que não
devamos ficar nem em um extremo nem no outro. As escrituras sagradas sempre,
desde Gênesis até Apocalipse revelaram que as pessoas que servem a Deus o
servem também com ofertas, dízimos e votos voluntários. Sempre estas contribuições
para o sustento da obra de Deus foram marcadas por:
·
Amor de quem contribui
·
Gratidão de quem contribui
·
Alegria de quem contribui
·
Fidelidade de quem contribui
·
Renuncia de quem contribui
·
Responsabilidade de quem contribui
·
Obediência de quem contribui
·
Fé de quem contribui
·
Generosidade de quem contribui
·
Liberalidade de quem contribui
Sem estes requisitos, as contribuições, das pessoas para a expansão do Reino de Deus, se tornam muito “pobres” e sem sentido.
Da parte de Deus, que recebe as contribuições para sua causa, como parte do culto a ele, sempre houve:
·
Reconhecimento
da
contribuição e como tal prosperidade para o ofertante como resposta da atitude
do coração do adorador – entenda que prosperidade nem sempre significa riquezas
materiais. Prosperidade (do latim
prosperitate) refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez,
significa ditoso, feliz, venturoso,
bem-sucedido, afortunado (Novo Dicionário Eletrônico Aurélio, versão
5.0, e Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001.). Também pode designar um
período de ascensão econômica.
·
Alegria de
ver seus filhos comprometidos com seu Reino e sua expansão.
·
Recompensas
e providências sempre muito além daquilo que seu povo
pensava ou imaginava. Deus sempre faz por nós de forma gratuita muito além
daquilo que podemos retribuir.
Aqui fica claro nesta
passagem, onde Mateus relata sobre os impostos, o cuidado de Deus para com aqueles
que confiam a ele suas vidas, nesta oportunidade o alvo deste cuidado foi Pedro
o ex - pescador. Vs. 24- Quando Jesus e seus
discípulos chegaram a Cafarnaum, os coletores do imposto de duas dracmas vieram
a Pedro e perguntaram: O mestre de vocês não paga o imposto do templo? Sim, paga, respondeu ele. Quando Pedro entrou na casa, Jesus
foi o primeiro a falar, perguntando-lhe: O que você acha, Simão? De quem os
reis da terra cobram tributos e impostos: de seus próprios filhos ou dos
outros? Dos outros, respondeu
Pedro. Disse-lhe Jesus: Então os filhos estão isentos. Mas,
para não escandalizá-los, vá ao mar e jogue o anzol. Tire o primeiro peixe que
você pegar, abra-lhe a boca, e você encontrará uma moeda de quatro dracmas.
Pegue-a e entregue-a a eles, para pagar o meu imposto e o seu.
O cuidado
de Deus para conosco – A Teologia reformada chama isto de Providência
Divina.
DEFINIÇÃO:
·
Divina
Providência, ou simplesmente Providência, é um termo teológico que se refere ao poder supremo,
superintendência, ou agência de Deus sobre eventos na vida
das pessoas por toda a história.
·
É a influência de Deus no futuro, onde ele
decide o que irá acontecer no futuro e que nada acontece sem que Deus permita.
·
Providência
Divina é o meio pelo qual Deus governa todas as coisas no
universo. Fonte: www.pt.wikipedia.org/wiki/Providência_divina
·
A doutrina da providência divina afirma que
Deus tem controle completo de todas as coisas. Isso inclui o universo como um
todo (Salmos 103:19), o mundo físico
(Mateus 5:45), as transações das
nações (Salmos 66:7), nascimento e
destino humanos (Gálatas 1:15),
sucessos e fracassos humanos (Lucas
1:52), e a proteção do seu povo (Salmos
4:8). Essa doutrina se mantém em direto contraste à ideia de que o universo
é governado por sorte ou acaso.
·
O
propósito, ou objetivo, da providência divina é realizar a vontade de Deus. Para
garantir que seus propósitos vão ser cumpridos, Deus governa os negócios dos
homens e trabalha através da ordem natural das coisas. As leis da natureza são
nada mais do que uma descrição de Deus trabalhando no universo. As leis da
natureza não têm nenhum poder em si mesmas, nem trabalham independentemente;
elas são regras e princípios que Deus estabeleceu para governar como as coisas
funcionam.
Com
Jesus aprendemos
1. Sobre a importância dos relacionamentos
na vida.
2. Sobre a importância da fé, da oração e
do jejum no combate contra o mal.
3. Sobre o cuidado de Deus para com a nossa
vida.