segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Igreja e sua Missão Integral




O Reino de Deus na terra é um projeto divino (Mt 6.25-34)

INTRODUÇÃO

Pregando o Evangelho todo para o homem todo, porque o Reino de Deus está entre vós!

A partir de hoje estudaremos um tema extremamente relevante para os nossos dias que é “A igreja e sua Missão Integral”. Veremos que a Missão Integral é consequência da manifestação do Reino de Deus em nossas vidas. O Reino de Deus já está entre nós de forma ainda muito limitada, mas já sinalizando como serão as coisas na eternidade. (Lc 17.20 e 21). Precisamos entender o conceito bíblico sobre o que é o Reino de Deus e como ele se manifesta. Precisamos saber que este Reino já está presente e em expansão entre os homens conforme nos revelou Jesus e se faz necessário entender como ele se manifesta e como podemos contribuir para que estas manifestações se multipliquem ao nosso redor.
A Missão Integral da Igreja vai além da evangelização. O zelo e o cuidado pelo nosso planeta também é parte da Missão Integral. Em nossa prática missionária, o socorro do pobre e do necessitado é fundamental, precisamos ter uma visão integral do homem (corpo, alma e espírito). A Missão Integral faz parte do projeto original do Reino de Deus para o mundo, por isso se faz necessário aprendermos a pregar o evangelho todo para o homem todo.


I.                     REFLEXÕES SOBRE O REINO DE DEUS

1.    O Reino de Deus foi anunciado por João Batista (Mt 3.1-3)
2.    O Reino de Deus foi reafirmado pelo Senhor Jesus (Mt 6.33)
3.    O Reino de Deus começa se manifestar através do novo nascimento (Jo 3.1-3)
4.    O Reino de Deus revela uma nova filosofia de vida: as Bem-aventuranças (Mt 5. 3-12)
5.    O Reino de Deus está totalmente ligado à missão da Igreja (Mt 25.34-46)
6.    O Reino de Deus se manifestará de forma mais plena na consumação dos séculos (Ap 20.4-6)

II.               O QUE É A MISSÃO INTEGRAL?
É a proclamação da mensagem da salvação mediante a pregação e as ações da Igreja, tendo sempre uma visão integral do homem, sabendo que este é composto de corpo, alma e espírito, portanto precisa ser ministrado visando sempre sua totalidade.

III.           QUAL O PRINCIPAL PROPÓSITO DA MISSÃO OINTEGRAL?
Trazer para o ser humano o evangelho de forma bíblica e assumir o compromisso de tornar os cristãos agentes transformadores da sociedade, através de palavras e ações.
IV.             MISSÃO INTEGRAL E A AS AÇÕES SOCIAIS TRANSFORMADORAS
A Igreja é conhecida por ser um povo que ora, mas nós precisamos ser conhecidos também como um povo que age. Oração rima com ação. Proclamar o evangelho é fundamental, mas deveria sempre ser acompanhado da atitude de buscar suprir as necessidades humanas pregando e vivendo justiça social e praticando os valores do Reino de Deus, em vez de apenas falarmos deles. Devemos encarnar o evangelho em nossa prática de vida. Deus é soberano (Sl 24.1,2) e tem o governo dos céus e da terra (Dt 10.14; 1 Co 10.26). Pois foi Ele quem os criou (Gn 1—2; Hb 1.10; 11.3). Não obstante, pouco se estuda acerca de nossa participação no governo do Reino de Deus: nossos deveres e obrigações no cuidado e na mordomia de tudo que Ele nos confiou (Gn 2.15-17,19; 1 Co 3.16,17; 6.19,20). Assim, o propósito desta lição é estudar o Reino de Deus nas Escrituras, bem como suas manifestações no presente e no futuro, porque desejamos que a Igreja do Senhor, na atualidade, busque intensamente estabelecer os valores do Reino de Deus através de sua prática e vivência.

V.                CONCEITO BÍBLICO DE REINO DE DEUS

1. Definição de Reino de Deus. A expressão Reino de Deus aparecerá algumas vezes no decorrer da lição. Você sabe o seu significado? Podemos definir o Reino de Deus como a soma de “todas as bênçãos, promessas e alianças que o Todo-Poderoso destinou aos que recebem a Cristo Jesus o qual se revela em um novo estilo de vida para aqueles que o recebem”. O Reino de Deus pode ser definido como o domínio eterno de Deus em todas as eras, exercendo a sua soberania sobre o Universo, intervindo na história para conduzi-la ao ápice — a restauração de todas as coisas — e ‘revelando-se com poder na execução de todas as suas obras’. O Reino de Deus tem, portanto, uma dimensão presente como já vimos que se configura no cumprimento em Cristo de todas as promessas messiânicas do Antigo Testamento. A expressão ‘é chegado’, que aparece tanto em Mateus 4.17 como em 12.28, segundo pensam os eruditos, denota a ideia de ‘presença real’, agora, e não de proximidade, como algo apenas para o futuro. Ou seja, a presença pessoal do Messias na história implica a presença efetiva do Reino de Deus entre os homens. Ele se manifesta a partir do coração de cada um, daí porque onde se percebe que o Reino está presente é também possível sentir os seus efeitos. No entanto, não se pode esquecer, do caráter escatológico do Reino de Deus. Será o tempo no qual se cumprirá a profecia de Daniel, em que os reinos deste mundo serão destruídos e o mal aniquilado, restabelecer-se-á a comunhão perfeita com Deus e o Senhor reinará com justiça para sempre.
2. Os aspectos do Reino de Deus. De acordo com as Sagradas Escrituras, o Reino de Deus apresenta tanto aspectos presentes quanto futuros:
a) Presente. Na atualidade, o reino divino está presente na vida dos filhos de Deus, a saber, os salvos em Cristo. Estes foram libertos das trevas e transportados ao “Reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). A partir desta experiência salvífica, é possível afirmar que toda pessoa, nascida de novo em Cristo Jesus, é dirigida pelo Espírito Santo e, consequentemente, tem a sua vida governada através dos valores do Reino (Ef 2.10).
b) Futuro. O aspecto futuro do Reino de Deus está ligado ao reino milenar de Cristo sobre a terra por ocasião da sua segunda vinda em glória (1 Co 15.23-25). Até mesmo a criação inanimada “espera” por esse glorioso dia (Rm 8.19-23). E você? Aguarda ansiosamente a vinda de Jesus Cristo, o Rei dos reis?
3. O governo do Reino. Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1). Ele tem o governo de todas as coisas. Seu domínio, soberania e autoridade real jamais terão fim. Os reinos deste mundo são transitórios, mas o de Deus é eterno. O Deus soberano governa o mundo todo. O Eterno intervém na criação e na história, manifestando seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio do pecado.

VI.             O REINO DE DEUS NAS ESCRITURAS

1. No Antigo Testamento. Apesar da expressão Reino de Deus não aparecer no Antigo Testamento, o Senhor é apresentado como o Rei de Israel (Is 43.15), da terra e de todo o universo (Sl 24; 47.7,8; 103.19). Estas e outras referências manifestam a prerrogativa soberana de Deus sobre a criação. Ele reina para sempre (Sl 29.10).
2. Em o Novo Testamento. A mensagem central do ensino neotestamentário é o Reino de Deus. Este foi apregoado por João Batista (Mt 3.2) e confirmado pelo ensino de Jesus Cristo (Mt 6.33).
a) Na pregação de João Batista. João veio pregando no deserto: “Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3.2). O fato de uma pessoa ser israelita e “filho da promessa” (Gl 4.28) não lhe assegurava o direito de entrar no Reino de Deus. Era preciso produzir frutos dignos de arrependimento. Pois, as boas obras são o resultado de um autêntico arrependimento (Lc 3.8).
b) No ensino de Jesus. A proclamação e a concretização do Reino de Deus foram o propósito central do ministério de ensino de Jesus. O Reino dos Céus foi o tema de sua mensagem e ensino na terra (Mt 4.17). No Sermão da Montanha, Jesus conclamou a multidão que o ouvia a buscar, com diligência e em primeiro lugar, o Reino de Deus (Mt 6.33). Ele estava ordenando a todos nós, seus seguidores, a buscar a Deus resolutamente e a fazer a sua vontade. Querido irmão, você tem procurado com diligência o governo soberano do Altíssimo em todo o seu modo de viver?
3. Reino de Deus ou Reino dos Céus. Nos evangelhos de Marcos e Lucas a expressão “Reino de Deus” aparece com frequência. Todavia, no Evangelho de Mateus, a expressão mais usada pelo evangelista (aparece cerca de trinta e quatro vezes) é “Reino dos Céus”. A maioria dos eruditos bíblicos concorda que o emprego da expressão “Reino dos Céus” foi aplicado por Mateus devido à rejeição do povo israelita ao uso indiscriminado do nome de Deus. Logo, as expressões “Reino de Deus” e “Reino dos Céus”, quando comparadas entre os Evangelhos sinóticos — Mateus, Marcos e Lucas — são sinônimos e intercambiáveis (cf. Mt 5.3; 13.10,11; Mc 4.10,11; Lc 6.20).  Antes de mencionar o que Mateus escreve a respeito do ‘Reino dos céus’, ou ‘Reino de Deus’, precisamos fazer algumas considerações em relação ao sentido dos próprios termos. Em geral, a palavra ‘reino’ denota a ideia de um domínio, uma região física ou espacial, incluindo o povo e a terra sobre os quais um rei exerce autoridade. Esse sentido também se aplica às palavras usadas para ‘reino’ no Antigo e no Novo Testamento. Os judeus usavam a voz passiva para descrever atos de Deus como uma forma respeitosa de descrever o que Ele fez sem mencionar seu nome (desde que é mais fácil omitir o sujeito com o uso do verbo na voz passiva). A substituição do nome de Deus por ‘céus’, a moradia do Senhor, é outra forma desse tratamento respeitoso. Essa expressão ocorre apenas no Evangelho de Mateus. No entanto, ele também usa quatro vezes a expressão ‘Reino de Deus’ (12.28; 19.24; 21.31,43), sugerindo, assim, que a diferença de nomenclatura é mais uma questão de preferência, ou deferência, que qualquer outra coisa. É incerto o motivo por que o Evangelho de Mateus menciona ‘o Reino dos céus’ de forma rotineira, o que não acontece nas outras narrativas. É provável que Jesus usasse as duas expressões, mas Lucas e Marcos simplesmente escolheram usar, de forma consistente, a expressão ‘Reino de Deus’ por ser menos ambígua para leitores gentios que a expressão mais judaica ‘Reino dos céus’. Fica claro, a partir de passagens como Mt 19.23,24, em que Jesus diz aos discípulos: ‘é difícil entrar um rico no Reino dos céus. é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus’, que Mateus considera as duas expressões praticamente como sinônimas.

VII. AS MANIFESTAÇÕES DO REINO DE DEUS

1. No passado. A nação de Israel era uma monarquia teocrática. O Senhor levantou reis para o povo judeu (Dt 17.14,15; Dt 28.36; cf. 1 Sm 10.1; 1 Sm 16.13) e estabeleceu normas reguladoras de relacionamento político entre o governante e a nação (1 Sm 8.10-22). O objetivo de Deus era preparar o caminho para a salvação da humanidade através da nação de Israel. Contudo, por causa dos desvios do povo judeu e da rejeição de seu Messias, Jesus Cristo, o reino divino foi-lhes retirado, ou seja, Israel na atualidade não tem mais a função de propagar o Reino de Deus (Mt 21.43; Rm 10.21; 11.23). Tal missão cabe agora à Igreja. Israel, porém, será restabelecido espiritualmente no futuro, conforme escreve Paulo (Rm 11.25-27).
2. No presente. O Reino de Deus foi estabelecido de forma invisível na Igreja por intermédio do Rei dos reis. O reino divino pode ser visto nos corações e nas vidas de todos aqueles que se arrependem, creem e vivem o Evangelho (Jo 3.3-5; Cl 1.13). Não se trata de um reino político ou material que, por definição, é transitório e passageiro, mas de uma poderosa, transformadora e eficaz operação da presença de Deus em e através de seu povo (Mc 1.27; 2 Co 3.18; 1 Ts 4.1), refletindo-se em toda a realidade à nossa volta, produzindo transformação.
3. No futuro. Durante o Milênio, predito pelos profetas do Antigo Testamento (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14), Jesus Cristo reinará literalmente na terra durante mil anos (Ap 20.4-6). E a Igreja reinará juntamente com Ele sobre as nações (Mt 25.34; Ap 5.10; 20.6; Dn 7.22). O reino milenial de Cristo dará lugar ao reino eterno de Deus, que será estabelecido na nova terra (Ap 21.1-4; 22.3-5), a Nova Jerusalém (Ap 21.9-11). Os habitantes são os redimidos do Senhor de todos os tempos. Que alegria nos inundará a alma quando, de eternidade em eternidade, estivermos juntos com o Senhor (Dn 7.18).


CONCLUSÃO

No Reino de Deus, a vontade do Pai é conhecida e praticada por amor, devoção, prazer, submissão, dever e gratidão (Rm 5.5; 2 Co 9.13; Lc 18.1 ; Jn 2.9). Fazer continuamente a vontade de Deus, nesse Reino, deve ser a nossa maior prioridade, não importando os obstáculos “pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). O Reino Deus e sua justiça devem ser o nosso anseio e alvo principal (Mt 6.33).


A mensagem do Reino de Deus
(Mc 1.15)

O comportamento do cristão deve ser em tudo norteado pela mensagem do Reino de Deus.
1.     Jo 3.3-5. O novo nascimento é a porta de entrada para o Reino de Deus
2.    Jo 18.33-36. A natureza espiritual do Reino de Deus
3.    Mt 6.25-33. Jesus nos ordenou buscarmos primeiro Reino de Deus
4.    Jo 15.16 e Ef 2.10. Ser do Reino é ser frutífero
5.    Mt 5—7. Os princípios eternos do Reino de Deus
6.    Rm 14.17. O Reino de Deus é justiça, alegria e paz no Espírito Santo

Marcos 1.14,15; Mateus 5.3-12; Romanos 14.17.

Nesta lição teremos a oportunidade ímpar de aprender a respeito da natureza do Reino de Deus neste mundo. Por intermédio da fé em Jesus Cristo, hoje somos súditos deste Reino. Reflita na declaração do apóstolo Paulo em Colossenses 1.11,14: “[...] nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”. No decorrer da aula, enfatize o fato de que os súditos deste Reino, os salvos em Jesus Cristo, devem manifestar o poder do Reino mediante suas ações. A nossa fe não pode ser evidenciada apenas por palavras.

Como podemos fazer parte do Reino de Deus? Aquele que não nascer de novo não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3.3). Jesus mostrou as características que os súditos do seu Reino devem ter. Essas características são encontradas em Jesus, nosso Salvador e Rei e ele as alistou em Mt 5.3-10, no sermão da montanha.
1.    Deve ser humilde
2.    Deve ser Manso
3.    Deve ser justo e bondosso
4.    Deve ser amável e misericordioso
5.    Deve ter um coração puro
6.    Deve ser um pacificador
7.    Deve ser fiel

           Em seu ministério terreno, Jesus proclamou a mensagem do Reino de Deus ao mundo. Sua mensagem não somente determina as condições para se fazer parte do Reino, mas também denota a natureza espiritual e pessoal do governo divino. Como discípulos de Cristo, somos por Ele intimados a proclamar o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15-18). Somos concitados também a viver segundo os princípios de seu Reino (Mt 5—7) expostos no Sermão da Montanha. O Sermão do Monte é a síntese do ensino de Cristo para o seu povo. Antes de a Igreja consolidar-se como agente do Reino de Deus na terra, o Senhor tomou a iniciativa de descortinar ao núcleo apostólico, através dessa primeira grande explanação pedagógica, as colunas que sustentam o modelo de vida trazido pelo Reino de Deus, isto é, a sua ética. É tanto que os princípios ali expostos se repetem de forma pormenorizada nos ensinos apostólicos.
Assim, como faz qualquer organização séria, que, ao implantar a sua filosofia de trabalho, tem como primeira iniciativa estabelecer no estatuto a sua doutrina, Jesus firmou os pressupostos que se tornariam a base do ensino desenvolvido nas epístolas e observado pela igreja apostólica. O propósito do Sermão do Monte, portanto, vai muito além de qualquer estereótipo do tipo ‘pode, não pode’, ‘faça, não faça’. A experiência religiosa mostra que não adianta explicitar um sem-número de regras, pensando que elas consigam mudar a pessoa por dentro. O máximo que promovem é uma reforma exterior, que, do ponto de vista do ensino de Cristo, cheira a hipocrisia — o interior permanece no mesmo estado de podridão espiritual, como Jesus identificou os fariseus. Assim, os princípios do Sermão do Monte devem ser vistos sob três ângulos: a dimensão presente, a dimensão escatológica e a dimensão do compromisso. Eles se interpõem e se completam”

I. A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1. O Reino é espiritual. Acerca da natureza do Reino de Deus e diante da indagação de Pôncio Pilatos — “Tu és o rei dos judeus?” — Jesus afirmou veementemente: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 18.36). Em razão de o reino divino não ser terreno, mas possuir uma natureza espiritual e eterna, nossa vida deve apresentar valores opostos aos do presente século. Alguns dos valores apresentados pelo Senhor são a humildade (Mt 18.4), o perdão (Mt 18.23-27), a generosidade (Mt 20.1-16), a discrição pessoal (Mt 20.20-28) e o total comprometimento com o Reino de Deus (Lc 9.57-62).
2. O Reino é pessoal. Quando o homem ouve e aceita a mensagem do Reino, uma mudança radical ocorre em sua vida. Seu comportamento, a partir desta experiência, passa a ser controlado pelo próprio Deus através do Espírito Santo. Suas ações e atitudes, em relação às outras pessoas, são pautadas pelos princípios eternos das Sagradas Escrituras (Hb 8.10).
3. O Reino de Deus e seus princípios (Mt 5.3-12). As bem-aventuranças proferidas por Jesus no Sermão da Montanha expõem os princípios eternos do Reino de Deus. Neste sermão, o Senhor profere, claramente, os valores espirituais e eternos que fundamentam o seu Reino. E aos que colocam em prática sua Palavra, Ele promete: “Felizes as pessoas” que as praticam (Mt 5.3-12 — NTLH). Deseja você alcançar a plena felicidade em Cristo Jesus? Busque refletir a natureza do Reino de Deus.

II. A NOVA VIDA DOS QUE FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS

1. Nascer de novo. O novo nascimento é efetuado por Deus mediante a ação do Espírito Santo na vida do homem. Nascer de novo é experimentar uma radical mudança de vida (2 Co 5.17; Ef 4.23-32). Logo, a experiência salvífica é a condição primordial para alguém entrar no Reino de Deus: “[...] Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). A propósito, você já nasceu de novo? É nova criatura? Leia Romanos 10.8-13 e Efésios 1.7-13.
2. Proclamar o Reino de Deus. O Senhor Jesus veio a este mundo para salvar o pecador da condenação eterna (Jo 3.16). Agora, regenerados e nascidos de novo, temos uma missão singular: proclamar o Reino de Deus a todos os homens (Mc 16.15). Entretanto, nosso comportamento e atitudes devem ser coerentes com a mensagem do Reino. Não podemos escandalizar àqueles que almejam entrar no Reino de Deus. Quanto a isso, a Palavra do Senhor é taxativa: “Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar” (Mt 18.6).
3. Gerar frutos. Uma vez salvo, e andando em novidade de vida, o crente já está devidamente pronto a produzir frutos para o Reino de Deus (Jo 15.16). Somos chamados, por conseguinte, a praticar as boas obras, “as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). E assim, confirmamos a proclamação da mensagem do Reino. Além de pregar o Evangelho, devemos apresentar as boas obras como fruto da fé mediante a graça de Deus (Ef 2.8-10).


III. O QUE O REINO DE DEUS SIGNIFICA

1. Justiça. O pecador regenerado é justificado perante Deus, pois a justiça divina “nos é concedida pela fé em Cristo, mediante o seu sacrifício redentor” (Rm 3.21-25; 5.1; 8.33,34). Logo, o nosso testemunho pessoal é uma forma eficaz de se anunciar o Evangelho do Reino de Deus. Daí, os nossos atos de justiça, em relação ao próximo, serem tão relevantes e indispensáveis à evangelização no mundo de hoje (Mt 5.13-16).
2. Paz. Biblicamente, a paz é mais do que a simples ausência de hostilidade, guerra ou perturbação. Ela revela-se a partir de nossa vida com Deus. Estar em paz, na Bíblia, é estar completo. A Palavra de Deus descreve-a como a bênção inaudita. A paz faz parte da natureza divina (Fp 4.7). Hoje, mediante a fé em Cristo, temos paz com Deus (Rm 5.1; 2 Co 5.17-20; Jo 22.21), com o próximo (Rm 12.18; Gn 26.15-25; Hb 12.14) e com nós mesmos (Cl 3.15). A paz manifesta-se em nossa vida como o “fruto do Espírito” que habita e reina em nossos corações (Gl 5.22). A paz, que realmente provém de Deus, é quietude, unidade, amor, harmonia, segurança e confiança. Sem a paz divina, vem a ansiedade, o medo, as psicoses e outros males. Se alguém não tem paz consigo mesmo, também não a tem com ninguém mais. A paz de Deus é o legado de Jesus Cristo aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jo 14.27).
3. Alegria. A alegria do Reino de Deus está fundamentada no relacionamento sólido do crente com o Pai (2 Pe 3.1; 4.4,10). É por isto que, nas provações, lembramos: “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5). Sim, o “coração alegre aformoseia o rosto” (Pv 15.13) e a “alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10). Uma vez alegres, cantemos louvores ao nosso Deus (Tg 5.13)!
A alegria no Espírito Santo traz contentamento e satisfação resultantes da nossa comunhão com o Pai. Também muito nos alegramos pela certeza de termos os nossos nomes escritos no Livro da Vida (Lc 10.20).

CONCLUSÃO

A mensagem do Reino de Deus deve ser proclamada ao mundo para que o pecador possa ser salvo (Mt 28.18,19; At 1.8). Todavia, a mensagem do Reino não deve ser apenas pregada. Precisamos praticar os princípios eternos do Reino de Deus.


 Fonte CPAD - Lições Bíblicas