sexta-feira, 29 de junho de 2012

A parábola dos talentos e o senhor dos jardins - Ruben Alves

                                  

(Ruben Alves- Correio popular, 21/12/2002)

Jesus sabia que as estórias são o caminho para o coração. Por isso contava parábolas. As parábolas de Jesus eram sempre feitas em torno de situações da vida naquela época. Se ele vivesse hoje suas parábolas seriam diferentes.

Havia um homem muito rico, possuidor de vastas propriedades, que era apaixonado por jardins. Os jardins ocupavam o seu pensamento o tempo todo e ele repetia sem cessar: “O mundo inteiro ainda deverá se transformar num jardim. O mundo inteiro deverá ser belo, perfumado e pacífico. O mundo inteiro ainda se transformará num lugar de felicidade.“ Suas terras eram uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de ervas, franceses. Era um trabalhão cuidar dos jardins. Mas valia a pena pela alegria. O verde das folhas, o colorido das flores, as variadas simetrias das plantas, os pássaros, as borboletas, os insetos, as fontes, as frutas, o perfume... Sozinho ele não daria conta. Por isso anunciou que precisava de jardineiros. Muitos se apresentaram e foram empregados. 

Aconteceu que ele precisou fazer uma longa viagem. Iria a uma terra longínqua comprar mais terras para plantar mais jardins. Assim, chamou três dos jardineiros que contratara, Paulo, Hermógenes e Boanerges e lhes disse: “Vou viajar. Ficarei muito tempo longe. E quero vocês cuidem de três dos meus jardins. Os outros, já providenciei quem cuide deles. A você, Paulo, eu entrego o cuidado do jardim japonês. Cuide bem das cerejeiras, veja que as carpas estejam sempre bem alimentadas... A você, Hermógenes, entrego o cuidado do jardim inglês, com toda a sua exuberância de flores pelas rochas... E a você, Boanerges, entrego o cuidado do jardim mineiro, com romãs, hortelãs e jasmins.“ Ditas essas palavras ele partiu. O Paulo ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim japonês. O Hermógenes ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim inglês. Mas o Boanerges não era jardineiro. Mentira ao se oferecer para o emprego. Quando ele viu o jardim mineiro ele disse: “Cuidar de jardins não é comigo. É trabalho demais...“ Trancou então o jardim com um cadeado e o abandonou. Passados muitos dias voltou o Senhor dos Jardins, ansioso por ver os seus jardins. O Paulo, feliz, mostrou-lhe o jardim japonês, que estava muito mais bonito do que quando o recebera. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Veio o Hermógenes e lhe mostrou o jardim inglês, exuberante de flores e cores. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Aí foi a vez do Boanerges. E não havia formas de enganar. “Ah! Senhor! Preciso confessar: não sou jardineiro. Os jardins me dão medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das taturanas, das aranhas. Minhas mãos são delicadas. Não são próprias para mexer com a terra, essa coisa suja... Mas o que me assusta mesmo é o fato das plantas estarem sempre se transformando: crescem, florescem, perdem as folhas. Cuidar delas é uma trabalheira sem fim. Se estivesse no meu poder, todas as plantas e flores seriam de plástico. E a terra seria coberta com cimento, pedras e cerâmica, para evitar a sujeira. As pedras me dão tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam onde são colocadas. Como é fácil lavá-las com esguicho e vassoura! Assim, eu não cuidei do jardim. Mas o tranquei com um cadeado, para que os traficantes e os vagabundos não o invadissem.“ E com estas palavras entregou ao Senhor dos Jardins a chave do cadeado. O Senhor dos Jardins ficou muito triste e disse: “Esse jardim está perdido. Deverá ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês vão ficar encarregados de cuidar desse jardim. Quem já tinha jardins ficará com mais jardins. E, quanto a você, Boanerges, respeito o seu desejo. Você não gosta de jardins. Vai ficar sem jardins. Você gosta de pedras. Pois, de hoje em diante, você irá quebrar pedras na minha pedreira...“

Nas garras da graça - Max Lucado (Dica de leitura)

                                      

Pode alguma coisa separa-nos do amor que Cristo tem por nós? 

O Autor convida a escalar o cume da montanha da misericórdia divina. 

Nas Garras da Graça recordará a você que o Deus que o criou é suficientemente forte para sustentá-lo. Ele mostra que a dimensão da Graça de Deus é imensamente maior que os nossos conceitos de pecado, justiça e até amor.

Este é um estudo profundo sobre a Epístola de Paulo aos Romanos.Escrita para auto-suficientes. Dissecado pelo autor desse livro em três classes: Os hedonistas que centralizam-se no prazer; Os judicialistas que se inclinam à arrogância; os legalistas que são conduzidos pelo esforço...Romanos o maior tratado já escrito sobre a graça. E por isso Martinho Lutero chamou Romanos de "a parte fundamental do Novo Testamento e verdadeiramente o mais puro Evangelho!"

Simplesmente maravilhoso é sempre bom lembrarmos que é pela graça que somos salvos e que não há nada que tenhamos feito que fará com que Deus nos ame menos e não há nada que possamos fazer para que Ele nos ame mais...graça, sublime graça de Deus !

José um homem íntegro e indulgente - Charles Swindoll(Dica de leitura)


                                                    

No mundo em que a desarmonia, as intrigas, a competitividade e a desunião parecem reinar absolutas, é quase impossível escapar da injustiça e muitas vezes ela está dentro do próprio ambiente familiar. 

Como enfrentar e superar a traição quando ela advém de um parente próximo, de um irmão? Daquela pessoa com quem se partilhou os momentos mágicos da infância?
De alguém que se aprendeu a amar desde os primeiros anos de vida?

Esse é o início da história de José, uma das figuras mais extraordinárias da Bíblia, e essa é a situação que ele não apenas superou, mas deixou como exemplo da recompensa divina pela integridade, fé e perseverança.

Nenhuma família em nossos dias é mais disfuncional que a de José. Ninguém é confrontado hoje por uma tentação maior do que a oferecida a José pela mulher de Potifar. Fé nenhuma é mais desafiada do que a de José na cela da morte numa prisão egípcia. Todavia, José se manteve firme, dando-nos exemplo do que é possível quando pessoas comuns continuam em comunhão com Deus.

A bíblia através dos séculos - Antônio Gilberto (Dica de leitura)

                                               
 O assunto do livro é o estudo introdutório e auxiliar das Sagradas Escrituras, para sua melhor compreensão. É também chamado Isagoge nos cursos superiores de teologia. Este estudo auxilia grandemente a compreensão dos fatos da Bíblia. Um ponto saliente nele é a história da Bíblia mostrando como chegou ela até nós. A necessidade desse estudo é que, sendo a Bíblia um livro divino, veio a nós por canais humanos, tornando-se, assim, divino-humana, como também o é a Palavra Viva - Cristo -, que se tornou também divino-humano (Jo 1.1; Ap 19.13).


Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Por essa razão, a Bíblia faz alusão a tudo que é terreno e humano. Ela menciona países, montanhas, rios, desertos, mares, climas, solos, estradas, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos, costumes, culturas, etc. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem como do nosso modo de pensar. Se Deus usasse sua linguagem, ninguém o entenderia. Ele, para revelar-se ao homem, adaptou a Bíblia ao modo humano de perceber as coisas. Destarte, o autor da Bíblia é Deus, mas os escritores foram homens. Na linguagem figurada dos Salmos e das diversas outras partes da Bíblia, Deus mesmo é descrito e age como se fosse homem. A Bíblia chega a esse ponto para que o homem compreenda melhor o que Deus lhe quer dizer. Isto também explica muitas dificuldades e aparentes contradições do texto bíblico.
O ÂMBITO DESTE ASSUNTO é a  A Bibliologia que estuda a Bíblia sob os seguintes pontos de vista: 
1. Observações gerais sobre sua leitura e estudo. 
2. Sua estrutura, considerando sua divisão, classificação dos livros, capítulos, versículos, particularidades e tema central. 
3. A Bíblia considerada como o Livro Divino, isto é, como a Palavra escrita de Deus. 
4. O Cânon sagrado: sua formação e transmissão até nós. 
5. A preservação e tradução do texto da Bíblia. Isto aborda as línguas originais e os manuscritos bíblicos. 
6. Inclui ainda elementos de história geral da Bíblia, inclusive o Período Interbíblico ou Intertestamentário, e de auxílios externos no estudo da Bíblia: geografia bíblica, usos e costumes antigos orientais, sistemas de medidas, pesos e moedas; cronologia bíblica geral, história das nações antigas contemporâneas; estudos das personagens e dos livros da Bíblia, e das dificuldades bíblicas.

O monge e o executivo - James Hunter (Dica de leitura)

                                          1011707b2ccfca3e6eb96f7d690c93bf 200x300 O Monge e o Executivo   livro de James Hunter

“O Monge e o Executivo” de James Hunter, foi publicado no Brasil pela Sextante e é um dos primeiros livros sobre liderança que utilizam uma linguagem diferente, não técnica. Talvez seja por isso que está tanto tempo na lista dos mais vendidos.
O livro conta a história de um executivo que, no limite do stress, é inscrito pela sua esposa em um programa para reflexão no monastério conhecido, onde muitos vão se consultar com um ex-presidente de empresa e muito bem-sucedido que largou tudo para virar monge na busca de um novo sentido para sua vida. O autor conseguiu fazer com que o leitor consiga equilibrar fatores racionais e emocionais para tomar decisões administrativas, além da relevância do relacionamento de liderança, respeito e humildade.
Para James Hunter, autor do livro “O Monge e o Executivo”, para ser um verdadeiro líder é aquele que conhece todas as necessidades dos seus subordinados e sabe que para liderar é preciso saber servir, ter responsabilidades, conhecer estímulos para tornar a relação ainda melhor e conhecendo os limites de cada um.