sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Torne-se um Discipulador - Ralph - Neighbour

                                             

O Que é Discipular? 

1. É manter um relacionamento onde há transferência de valores. 
2. É Transferir: ATITUDES, HABILIDADES, OBJETIVOS. 
3. Discipular é o exercício de fortalecer os seguidores de Cristo. O Discipulado é o trabalho conjunto de 3 pessoas: 
1. Cristo, O Edificador: “E Eu edificarei a minha igreja”...“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome estarei no meio deles” 2. O Discípulo: O Discípulo é alguém que deseja ser um imitador de Cristo. 
3. Discipulador: é alguém que se compromete a cuidar, ensinar, fortalecer uma pessoa, até que Cristo seja formado nela. Marcas do Discipulador Aprovado: 
ESTILO DE VIDA EXEMPLAR VIDA DE ORAÇÃO DISPONIBILIDADE MANEJO DA BÍBLIA CHEIOS DE FÉ CHEIOS DE BONDADE CONFIÁVEIS CORAÇÃO DE SERVO Jesus: 

O Mestre dos Discipuladores: 

1. Jesus ensinava por meio de exemplo Pessoal. 
2. Os discípulos aprendiam com experiências em comum. 
3. Jesus sempre providenciava um momento de ensino. 
4. Os discípulos aprendiam uns com os outros 

As 4 Fases do Discipulado 

1ª Fase: a familiarização entre Discipulador e Discípulo. 
2ª Fase: os conflito de valores, prioridades e práticas. 
3ª Fase: a comunhão no amor de Cristo. 
4ª Fase: o trabalho em conjunto entre Discipulador e Discípulo para alcançar outros para Cristo. 

PROCESSO DE APRENDIZAGEM Nós 
Guardamos: 10% DO QUE LEMOS 
20% DO QUE OUVIMOS 
30% DO QUE VEMOS 
50% DO QUE VEMOS E OUVIMOS 
70% DO QUE DISCUTIMOS 
80% DO QUE EXPERIMENTAMOS 
95% DO QUE ENSINAMOS 

Seis Verbos conjugados pelo Discipulador 
1. Ouvir 
2. Interceder 
3. Ensinar 
4. Formar 
5. Marcar o passo 
6. Integrar 

4 ERROS A SEREM EVITADOS
 ERRO 1: Ignorar o que está sendo dito 
ERRO 2: Pensar na resposta enquanto ouve. 
ERRO 3: Dar a impressão de estar ouvindo, mas desligar-se da conversa. 
ERRO 4: Filtrar somente o que interessa ouvir. 

OUVIR 

Três Maneiras eficazes de Ouvir 

Escuta Intencional Ativa 
1. necessidades 
2. medos 
3. alegrias 
4. convicções 

Escuta com Aceitação - 
perceba os detalhes importantes - 
observe emoções nas palavras - 
não julgue ou condene enquanto ouve 

POSTURAS DE ESCUTA 

Ouvir com o Corpo todo 

55% da expressão de sua escuta vem da postura do corpo. 
38% vem da expressão vocal. 
7% vem das palavras que você usa. 

INTERCEDER 
1. Interceder é estar entre Deus e seu Discípulo . 
2. Interceder é representar o Discípulo perante Deus. 
3. Interceder é representar Deus perante o seu Discípulo. 

ENSINAR 
1. Ensinar não é somente informar. 
2. Ensinar é transformar valores. 
3. Ensinar é modificar as prioridades. 
4. Ensinar é determinar uma nova prática na vida do Discípulo. 

FORMAR 
1. Dar forma ao Discípulo através da sua própria vida. 
2. Formar é fazer primeiro, obedecer primeiro, é servir primeiro. 
3. Ser o exemplo não significar ser perfeito, mas disposição intensa de seguir a Cristo. 

MARCAR O PASSO 
1. Discipulado não é uma prova de velocidade...mas de resistência. 2. Marcar o passo das lições 
3. Marcar o passo da oração 
4. Marcar o passo do testemunho 

INTEGRAR 
1. Seu trabalho é ampliar o oikos do seu Discípulo. 
2. É desaconselhável ter um relacionamento exclusivo com seu Discípulo. 
3. A diversidade de relacionamentos enriquece a vida de seu Discípulo. 
4. É importante conhecer o oikos do Discípulo para evitar eventuais hostilidades. 
5. Faça uma visita para o oikos do seu Discípulo - construa algumas pontes. 
6. Descubra as Pessoas-Chave na vida do Discípulo e suas influências. 

Discipulador e a Edificação 

1. Identifique as emoções expressas pelo seu Discípulo. 
2. Identifique a necessidade sentida e a necessidade real do Discípulo. 
3. Confronte em amor o comportamento ou prática contrária ao Evangelho. 
4. Na solução de um problema, procure a opção que dará maior glória a Deus. 
5. Ofereça informações que ajude o seu discípulo a tomar a melhor decisão. 
6. Encoraje seu Discípulo a mudar seus paradigmas. 
7. Torne logo de início seu Discípulo um auxiliar de edificação. 

Planejando o Encontro Discipulador-Discípulo 

1. Comece fazendo oração pelo discípulo e pelo encontro. 
2. Escreva o que Deus lhe falou no ‘quarto de escuta’. 
3. Estude cuidadosamente a lição e evite a impressão de que não se preparou. 
4. Anote detalhes do encontro. 

Os Dez Mandamentos de Discipulador 

1º Ouça! É preciso ouvir ao Espírito Santo É preciso ouvir o Discípulo. Faça perguntas até que entenda o problema. Observe a ‘dança das emoções’. 

2º Prefira o Esclarecimento ao Conselho. O esclarecimento ajuda o Discípulo a tomar ele mesmo a decisão. O conselho impõe a decisão. O esclarecimento encoraja - o conselho diz: - Você não pode decidir sozinho! 

3º Não resolva os problemas do seu Discípulo. É um risco assumir responsabilidades pelos problemas do Discípulo. Isso o fará transferir para o Discipulador toda a carga do problema. A melhor ajuda será sua oração, seu tempo, sabedoria e amor. 

4º Não faça crítica ou juízo antes que os novos valores tenham sido adotados. É necessário criar um ambiente de segurança para o Discípulo. Somente a tristeza de Deus produz verdadeiro arrependimento. 

5º Mostre ao seu Discípulo a importância de descobrir e experimentar a vontade de Deus. Entre a situação atual e a situação ideal é necessário obedecer a vontade de Deus. 

6º Evite salvar o Discípulo de sua própria estupidez. Vitimas legítimas devem ser alvo do amor, compaixão e apoio. A insensatez acarreta consequências É preciso saber quando se deve resolver o problema, e quando se deve apenas apoiar durante o problema. 

7º Não Empreste dinheiro diretamente ao seu Discípulo O empréstimo direto provoca a sensação de dívida para com o Discipulador Se precisar fazê-lo, dê anonimamente ou acione o Pequeno Grupo, onde ele está inserido.

8º Seja paciente quando encontrar comportamentos negativos repetidos. As vezes, o próprio Discípulo não conhece as causas de suas atitudes. É preciso esperar até que Deus revele as raízes do problema. Paciência é fonte de esperança para o seu Discípulo Seja perseverante! 

9º Identifique a Síndrome do ‘Disco Furado’ Há pessoas que contam sempre a mesma estória aos companheiros do pequeno grupo, exaurindo o ânimo dos seus membros. É preciso mostrar a situação em amor. Confrontar em amor é melhor do que ignorar. 


10º Seja criativo no uso de ferramentas para um discipulado eficaz. Use livros, filmes, cassetes, livros, jornais, etc.meuip.co

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O que é Discipulado


INTRODUÇÃO
 
"A salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos."
Billy Graham
 
Você tem o privilégio de estar envolvido na Grande Comissão: Fazer discípulos. Na realidade fazer discípulos é o verdadeiro “propósito” da igreja, e todo cristão deveria estar envolvido com essa tarefa.  Alguém investiu na sua vida, e agora é a sua vez de fazer o mesmo com outros.

Não tenha medo de encarar esse desafio, pois à medida que você vai acompanhando o novo seguidor de Jesus, o próprio Jesus vai te ensinando como você deve fazer.
O propósito principal deste material é ajudar você a entender a importância do discipulado e leva-lo a buscar oportunidades de discipular  novos convertidos e outras pessoas que precisam passar por este processo de crescimento e desenvolvimento espiritual e ministerial.
A partir daqui você entenderá verdades fundamentais para a sua nova vida no tocante ao discipulado e te forneceremos algumas orientações básicas para ajuda-lo no processo de transformação da sua vida no intuito de leva-lo a promover crescimento e mudanças para a vida de outras pessoas.
Além do Espírito Santo, você também será uma grande influência na vida de muitos irmãos.  E é normal as pessoas mudarem bem mais rápido quando tem um modelo a ser seguido, e você servirá de modelo ao seu discípulo, sendo o seu discipulador. 

Não se preocupe com o fato de você não ser perfeito em tudo, pois ninguém ainda é perfeito. Você não precisa fingir que é o que não é, aliás, o Espírito Santo muitas vezes vai usar sua transparência e honestidade para encorajar o seu discípulo a continuar seguindo a Jesus. O mais importante é você andar na luz que você já tem, e Deus o usará para o crescimento e desenvolvimento pessoal e espiritual de outras pessoas.

Para a vida cristã o discipulado é algo de grande valia, tanto que o Senhor Jesus mandou que seus discípulos fizessem outros discípulos, “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”. (Mt 28.19) O discipulado não é algo que se deve ser feito de qualquer maneira, pela sua grande importância. 

É através dele que os novos convertidos têm seu primeiro contato com as doutrinas bíblicas, trazendo o conhecimento real de Deus e mostrando para a pessoa quais são as suas responsabilidades como uma nova criatura e como ser um novo discipulador.

Em muitas igrejas o discipulado se restringe em uma classe de escola dominical ou em outro dia qualquer.  Mas ele não deve estar restrito só a classe de novos convertidos, e sim voltado para todos os crentes, já que nunca teremos o conhecimento completo de tudo o que foi escrito na palavra de Deus de forma total e perfeita.  Todas as vezes que estudamos a palavra de Deus sempre vamos aprender algo novo e poderemos repassar para as outras pessoas.

Como um discípulo temos o alvo de ser como o nosso mestre Jesus Cristo e para isso temos que ser muito bem instruídos, só assim poderemos chegar a ser parecidos com o nosso instrutor. “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre”. (Lc 6:40).

O discipulado é ininterrupto, todos independente de quanto tempo de conversão tenham, precisam estar continuamente dentro de um discipulado. A vida cristã é uma vida de eterno aprendizado. 

O discipulado cristão é a condição para alguém aprender a ser discípulo de Jesus. É a capacidade dada por Deus para apreendermos o padrão da vida crista e transmitirmos todo esse aprendizado a outras pessoas.

O amor é o elemento principal para que andemos em obediência e a bíblia é a principal ferramenta de trabalho. Há um vínculo de fidelidade entre mestre e discípulo, alias não poderia ser diferente. A lealdade a Jesus Cristo é um pressuposto ao discipulado cristão. Não se pode dizer que se segue a Cristo, sem ser leal aos seus ensinos, e a sua pessoa.

A aprendizagem e o discipulado será conduzida pelo Espírito de Deus, que após a volta de Cristo aos céus, veio nos ensinar todas as coisas, Ele é nosso ensinador e Mestre principal, mas Deus também usa os que tem mais maturidade do que a gente para nos aconselhar e aperfeiçoar a nossa vida relacional com Ele. Jesus Cristo continua sua ação discipuladora através do Espirito Santo. O preço do discipulado é alto.

Todos os que quiserem seguir a Cristo, terão que estar dispostos a pagar o preço, caso contrário, jamais serão verdadeiros discípulos. Não há lugar no Reino de Deus, para aqueles que não assumem um compromisso de confessar a Cristo diante dos homens. Discípulo, não é tão somente aquele que aprende; mas também o que assume um compromisso com o seu Mestre. O discipulado é amor pelos outros crentes e os não crentes, pois o Pai não nos deu o direito de identificar os não salvos. Não se entende discípulo de Cristo sem o amor fraternal.

A prática do discipulado se estende a todas as áreas da nossa vida, seja religiosa ou secular. Nesta disciplina o aluno perceberá a importância de seguir a ordem de Jesus de ser um discípulo e um discipuldor. Para que a nossa tarefa de compartilhar o Reino de Deus se torne cada vez mais eficáz, precisamos transmitir a vida de Cristo, através do discipulado cristão.










1.    DISCIPULADO UMA ORIENTAÇÃO DE JESUS

No final do evangelho segundo escreveu Mateus está escrito: E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mt 28: 18-20) Ide e fazei discípulos de todas as nações é o mandamento do Senhor para nós. Todos no corpo de Cristo, são chamados a participarem dessa tarefa, que não é um dom especial para uma minoria privilegiada, e sim um mandamento, e todos os que creem em Cristo não tem outra opção, senão obedecer.  

1.1  O QUE É O DISCIPULADO?

O discipulado é o relacionamento entre um mestre e um aluno baseado no modelo que é Jesus Cristo. Onde o mestre reproduz no aluno a plenitude da vida que há em Cristo, capacitando o aluno a treinar outros para que também ensinem novos discípulos. Este relacionamento liga a pessoa à cadeia de autoridade existente na Igreja. Assim o discípulo é acompanhado em seu processo de crescimento e ajudado a conformar sua vida com o propósito de Deus, como também a se encaixar na vida da Igreja. 
Discipular é transmitir a vida de Jesus para aqueles que estão sendo ensinados e encorajados a estreitar a cada dia o seu relacionamento com o Pai. É reproduzir essa vida em outras pessoas, ensinando-as a guardar tudo que Ele ordenou.

1.2 O QUE É UM DISCÍPULO?
            Discípulo é aquele que crê no que Cristo disse na sua palavra e se dedica a fazer tudo o que Cristo mandou. É aquele que aprende, que está vivendo o que aprendeu e que busca comunicar aos outros aquilo que já assimilou.

O discípulo de Cristo deve tomar algumas atitudes importantes, como:
·         Amar a Jesus sobre todas as coisas ( Lc14:26-27)

·         Renunciar a tudo que possui por amor a Cristo que possam atrapalhar a sua caminhada de fé ( Lc14:33)


·         Ser um praticante da palavra (Jo8:31)

·         Dedicar-se a amar o seu próximo (Jo13:34-35)


·         Buscar trabalhar na obra de Deus, para gerar frutos (Jo15:8)

·         Cultivar o fruto do Espírito Santo (Gl 5.21-22)

1.3 PORQUE FAZER DISCÍPULOS?
 Por que Jesus fez assim e mandou que fizéssemos também. Ele concentrou seus esforços em 12 homens. Ministrou em suas vidas durante três anos, de dia e de noite, nos dando o exemplo de como devemos fazer. Esta é uma ótima maneira de preparar pessoas para servir o Reino de Deus de forma mais esclarecida e bíblica. Sem submissão não há formação. O discípulo deve ser manso e humilde, estando sujeito aos seus líderes, sem rebeldia e obstinação.
O princípio básico para ter autoridade é estar debaixo de autoridade de alguém e se sujeitar a ela, neste item Jesus Cristo é o maior exemplo de obediência e submissão, quando no seu relacionamento com o Pai durante todo o seu ministério terreno, foi obediente até a morte e morte de cruz (Fp 2.8). Ninguém tem autoridade em si mesmo. Nossa autoridade vem de Jesus. Autoridade é diferente de autoritarismo:

Autoridade: é algo que o indivíduo tem por deter conhecimento ou um cargo  específico e as responsabilidades  que  vem junto com estes conhecimentos  ou cargo, seja autoridade  executiva, legislativa, judiciária, ou eclesiástica. Autoridade tem a ver com liderança, comando, postura, respeito. Deve ser moderada  e  deve permitir que outros  tenham voz e possam crescer. No momento em que esta liderança passa a desconsiderar opinião, ou a pessoa do outro, passa a ser autoritarismo. Isso é terrível, nocivo ao bem estar do ser humano. Quando o homem tem autoridade o povo admira, ama, respeita.
Autoritarismo: é a imposição pela força, na marra, pelo grito: “eu sou”, “eu faço”, “eu mando e acabou”, sem ouvir ninguém.  Suas decisões estão sempre em primeiro lugar. Não dá tempo para que seus subordinados mostrem seus talentos e dons. Na verdade sufoca os que estão ao seu lado. Não por medo de perder seu lugar, mas por sentir-se superior nos conhecimentos, muitas vezes usando as palavras “eu fui isso”, “eu fui aquilo”, ou “eu tenho poder!”
Você se lembra do tempo de colégio onde tínhamos professores que não levantavam a voz em momento algum, nem  quando se aborreciam com a gente? Eles apenas lançavam um olhar e nós já sabíamos que  era para baixar a bola ou calar a boca. Eles tinham autoridade. Já outros professores gritavam como loucos dentro da sala e só conseguiam  com que a turma se acalmasse  sob a ameaça de provas surpresas ou de tirar pontos, expulsão da sala, etc.  Esses eram os autoritários.
Precisamos aprender a ter autoridade e não ser um autoritário, pois, por não ouvir as pessoas que estamos discipulando, podemos estar deixando de descobrir um talento maravilhoso na vida daquela pessoa. O discipulador precisa entender que ele esta ali para servir o discípulo e não para ser o dono dele.
Devemos ensinar como o apóstolo Paulo aos seus discípulos da igreja de Éfeso, todo o “conselho de Deus” (At 20.27) e não os nossos gostos e preferências pessoais, precisamos entender que muito antes de ser um discípulo nosso o irmão ou a irmã na fé, que estamos orientando é um discípulo de Cristo, mas para isso o discipulador deve ter claro para si e deixar bem claro para o discípulo, três situações distintas:
Os princípios da palavra de Deus: Quando estiver ministrando a um discípulo é importante deixar bem claro que os princípios de Deus são ordens bíblicas para serem obedecidas e a estes o discípulo deve ter uma submissão absoluta. Quando damos a palavra de Deus a um discípulo e ele não a recebe ele está sendo rebelde. Nesse caso devemos seguir as orientações dadas por Jesus em Mt 18.15-20, ou seja a pessoa poderá até ser disciplinada. Todos no Corpo de Cristo, e não apenas o discipulador, têm autoridade para corrigir e repreender outro irmão dentro do ensino da palavra de Deus. Deve-se observar, antes, o ensino de Paulo aos gálatas em Gl 6.1-6 e o de Jesus aos seus discípulos em Mt 7.1-5. A Palavra de Deus deixa claro alguns assuntos e a estes devemos também mostrar para quem está sendo discipulado a sua clareza, por exemplo: o novo convertido está tendo relações sexuais com sua namorada, a bíblia mostra claramente que isto é fornicação, cabe ao discipulador mostrar isto para o discípulo na bíblia e mostrar objetivamente que tal conduta entristece a Deus e ao seu Espírito. (Gl 5.19, Ap 2.21 e 1Ts 4.3)
Os nossos conselhos: Referente a conselhos a submissão aqui é relativa, por exemplo: quando dizemos a um discípulo que ele não pode casar com uma moça incrédula, estamos dando a palavra do Senhor (2 Co 6.14). Isso é absoluto. Mas quando falamos que não é bom que ele se case com a “irmã fulana”, estamos dando um conselho. Pode ser que o conselho que damos seja baseado no conhecimento que temos da palavra de Deus, mas mesmo assim não passa de conselho. É relativo. Se o discípulo rejeita um conselho, não é necessariamente um rebelde. Entretanto, aquele que nunca aceita conselhos, é orgulhoso e auto - suficiente dificultando assim o seu processo de maturidade cristã, que é o que se visa no discipulado cristão. (Pv 12.15 e 19.20)
As nossas opiniões: Não é necessário por parte do discípulo, nenhum tipo de submissão às opiniões e gostos pessoais do discipulador. Muitas vezes seremos questionados por quem estamos discipulando, acerca de nossas opiniões sobre diversos assuntos, isto é muito normal, mas não poderemos constranger as pessoas discipuladas a concordarem conosco, neste ponto precisamos deixar o discípulo livre para ter e expressar as suas opiniões ainda que estas não sejam exatamente aquilo que gostaríamos de ouvir.

1.4 OBJETIVOS DO DISCIPULADO

Existimos para manifestar ao mundo através de nossa proclamação e testemunho pessoal a vida de Jesus e cooperar no cumprimento do propósito eterno de Deus, ganhando, equipando e enviando os discípulos para que eles sejam sal da terra e luz do mundo na localidade e em todas as nações. Tendo como princípio o discipulado, buscamos ser uma comunidade modelo em amor, unidade, comunhão, misericórdia, serviço e poder do Espírito Santo para que assim sejamos abençoadores e transformadores desta geração e das vindouras. Não edificamos somente para hoje.
Lançamos as bases da igreja do futuro. Devemos nos questionar sempre: Como quero ver a nossa igreja dentro de cinco, dez ou até vinte anos?
Esta pergunta só terá resposta adequada se adquirirmos uma mentalidade de que estamos edificando um povo, preparando pessoas que irão nos suceder na obra e na edificação do Reino de Deus.
Para que nossa igreja avance e Cristo nela seja glorificado nas gerações futuras quatro áreas devem ser trabalhadas no discipulado:

·         EVANGELISMO. Vem do termo “Evangelização”, que consiste na pregação do evangelho cristão, a mensagem da salvação em Jesus de Nazaré segundo a fé cristã, constituindo-se assim num ato realizado visando a aquisição de seguidores e discípulos para Jesus Cristo. O fundamento do evangelismo é produzir conversão ou mudanças de hábitos, crenças e valores nas pessoas que são alcançadas pelo evangelho de Jesus Crsito. O objetivo é produzir nas pessoas o “Novo Nascimento”. (Jo 3.3) A palavra evangelista provém da palavra "eu-angelos", do grego koiné, que significa "boas novas" ou "boas notícias" e que também serve de base para o nome dos quatro primeiros livros do Novo Testamento, chamados "Evangelhos". Por essa causa os autores destes quatro livros são denominados evangelistas e são MateusMarcos,Lucas e João. Ainda que seja provável que o termo ganhou seu extenso uso devido aos Evangelhos e seus autores, contudo, a evangelização no âmbito do cristianismo se iniciou com o ministério de Jesus Cristo que, em fazendo discípulos e instruindo-os segundo a sua doutrina, os preparou para espalhar a sua mensagem do Reino de Deus, tendo ele mesmo pregado essa mensagem durante o seu tempo de ministério segundo o que prega a fé cristã.


·         EDIFICAÇÃO. Edificar significa erguer; levantar; ou construir algo. É um termo do latim "aedificare". É um verbo transitivo direto e dependendo do contexto pode ter diferentes acepções:

Edificar um prédio está no contexto de construir, erguer ou levantar um edifício.
Edificar uma igreja se refere a fundar, instituir ou criar uma igreja, no sentido de instituição.

Edificar a casa espiritual sobre a rocha que é Cristo, significa influenciar o discípulo ao caminho das virtudes.
Existem diversas passagens na Bíblia que usam o termo edificar. Os santos edificaram ao longo da história cristã, o povo de Deus de diversas formas e maneiras.

O papel do discipulador é edificar aquele que ele orienta, aconselha e exorta. Sendo assim ele deve trabalhar a construção do caráter cristão na vida desta pessoa, usando a bíblia, usando bons exemplos para lhe transmitir aquilo o que já aprendeu com Jesus e usar acima de tudo a sua conduta e comportamento como referência de vida.


·         COMUNHÃO. Na comissão evangélica deixada por Jesus à Igreja, o grande imperativo é “Fazei Discípulos”. É através da multiplicação de discípulos que o evangelho vai alcançar o mundo. A grande questão é: Como fazer discípulos?

Segundo as palavras de Jesus, se faz discípulos “indo, batizando e ensinando”. Ou seja, fazer discípulos é um processo que envolve atrair as pessoas com o evangelho, ministrar-lhes ensinamentos bíblicos, batizá-las e depois continuar o ensino. Este processo gera o que chamamos de comunhão. Segundo o dicionário é a ação ou efeito de comungar.

É o ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto. É a harmonia no modo de sentir, pensar, agir. É a identificação: que resulta em união de ideias e pensamentos, onde nasce uma ligação que desenvolve a capacidade de compartilhamento.


·         MULTIPLICAÇÃO. Aqui chegamos a um dos pontos mais importantes do discipulado, onde aquele que recebeu a vida de Cristo se multipicará ao compartilhar o evangelho e assim o Corpo de Cristo que é a igreja cresceu e até hoje cresce. Dentro do conceito de discipulado a multiplicação espiritual é a nossa busca em alcançar a meta de desenvolver um discípulo completo. Isto porque este é o propósito de Deus para cada crente: que ele seja um MULTIPLICADOR, que reproduza os frutos que foram gerados nele através do discipulado pessoal que ele recebeu da pessoa que nele semeou a Palavra de salvação, o que lhe permitiu conhecer Jesus e seu plano de redenção para o homem.

Multiplicação espiritual é um processo que ocorre a partir de quando você coloca em prática todo o processo do discipulado. No nosso plano de ganhar vidas incluímos como método da evangelização o testemunho pessoal como forma de alcançar as pessoas, já que testemunhar é falar de algo de que se experimentou e não do que foi contado por alguém.

Assim, qualquer pessoa (até um novo crente) que tenha experimentado Cristo está apto para testemunhar de Jesus porque parte-se do princípio de que ele sempre tem algo a contar do que Deus tem feito na sua vida resultando em uma estratégia excelente para alcançar pessoas para Jesus, sendo o primeiro passo para se chegar a MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL.

Esta multiplicação, por sua vez, pode ser mais facilmente alcançada através do discipulado, como temos tratado até aqui.




1.5 COMO O DISCÍPULO PODE APRENDER

Todas as pessoas aprendem de diversas maneiras, no processo de discipulado cristão, não é diferente, o discípulo aprende:

·         Vendo, ouvindo e perguntando. O relacionamento espontâneo e constante entre o discípulo e o discipulador faz surgir oportunidades de ensino, exortação e consolação, em situações do dia-a-dia, sendo assim é importante que tudo o que o discípulo tiver de dúvidas sobre os diversos assuntos, vá sanando com o seu discipulador, que se não tiver uma resposta deve buscar respostas com quem tem mais conhecimento que ele para sanar as dúvidas de seu discípulo.

·         Traçando alvos a serem alcançados. Por exemplo: uma leitura diária de alguns capítulos da bíblia, de preferência começando pelos evangelhos, depois de lidos, discípulo e discipulador devem discutir os temas principais e extrair lições para a vida cotidiana.


·         Aprendendo a manusear a bíblia. Isto por livro, capítulo e versículo. Isto só será alcançado com bastante leitura e pesquisa diária nas escrituras sagradas.

·         Quando se sujeita a autoridade de Cristo e da Igreja. É importantíssimo que o discípulo de Cristo, já no início de sua fé, aprenda a respeitar as autoridades constituídas na Igreja e dar-lhes a devida honra, este novo cristão poderá aprender muito com aqueles a quem respeita. Obedecer, segundo a palavra de Deus as autoridades constituídas, é obedecer ao próprio Cristo. (Rm 13.1 e 5 e Tt 3.1)

·         Quando demonstra compromisso e envolvimento com os irmãos. Nas reuniões e cultos, nas contribuições financeiras, que são os dízimos, ofertas e votos, feitos voluntariamente, nos serviços prestados aos irmãos e a igreja. O bom relacionamento com os demais membros de sua comunidade de fé, lhe darão ótimas oportunidades de aprendizado.
1.6 OS DESAFIOS DO DISCÍPULO

Existem diversos desafios a serem enfrentados. O maior deles é com certeza vencer os principais problemas do “velho homem” como vícios, impurezas, rebeldias, mentiras, desonestidade, etc... (Ef 4.20-32)
Para conseguir este feito é preciso haver da parte do novo convertido um conhecimento dos fundamentos da fé e uma obediência aos novos paradigmas que este aprende na palavra de Deus. (Rm 12.1-2)
Jesus disse: - E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará! (Jo 8.32)
Ao ir no dia á dia conhecendo melhor as escrituras sagradas e a vontade de Deus para sua vida, a mente do discípulo será aos poucos moldada pelos novos padrões do Reino de Deus e na sua caminhada ao lado de Jesus, com o apoio  da Igreja e de seu discipulador, ele vencerá as características do velho homem. A seguir veremos mais alguns destes desafios.

Manter e aperfeiçoar o que foi alcançado. Um dos grandes problemas das pessoas é regredirem em sua caminhada com Deus. Muitas vezes a pessoa está até indo bem, de repente por causa de problemas pessoais, abandona-se um processo de maturidade que está sendo maravilhoso para ela. É papel do discipulador, encorajar o discípulo a perseverar em sua caminhada com Deus, mantendo sua comunhão com Ele, vivendo o que já aprendeu.

Proclamar e testemunhar sobre Jesus Cristo. Agora que a pessoa conhece a Cristo é muito importante ela saber de sua responsabilidade e se voltar para o evangelismo pessoal, (At 1.8) envolvendo-se no projeto de expandir o Reino de Deus na terra, através da proclamação do evangelho para outras pessoas. O discípulo deve ser orientado a convidar pessoas a irem a igreja e as desafiarem a entregarem os seus caminhos ao Senhor. (Sl 37.5) Ela deve ter a consciência que o processo do discipulado visa prepara-la espiritualmente e biblicamente para compartilhar a sua fé, aonde quer que seja necessário. (1 Pe 3.15 e 2 Tm 2.25)

Manifestar os dons do Espírito Santo. O discípulo deve ser instruído na palavra de Deus, no sentido de ser esclarecido, que Deus tem disponibilizado para a sua igreja, ferramentas espirituais e que este pode e deve buscar para ser utilizadas na obra de Deus. (1 Co 12.1-31 e Rm 12.4-8). Neste momento o papel do discipulador é ajudar o discípulo a descobri os seus talentos naturais e os seus dons espirituais que lhe foram concedidos e que podem ser utilizados a serviço da causa de Cristo.

Caminhar em companheirismo com os irmãos de fé. A vida cristã tem como uma de suas finalidades primordiais a caminhada com Deus. Nesta caminhada é preciso esclarecer o discípulo que ele não está só, mas por mais que ele seja ajudado, ele também terá que fazer da oração, da busca pelo ensino na palavra e da edificação mútua, um estilo de vida. Ser discipulado não é só se alimentar, mas também alimentar a outros com aquilo que vai sendo recebido. O companheirismo é fundamental, ele deve ser aconselhado a não se isolar de sua comunidade de fé, de sua igreja, antes planejar sempre participar de atividades junto com seus novos irmãos e amigos. Não basta se envolver precisa haver comprometimento, não é preciso abandonar a companhia de sua família, parentes e amigos, até porque como ele poderia leva-los a Cristo se não estiver próximo deles, mas em sua agenda pessoal, ele precisa reservar tempo para aprofundar-se no relacionamento com os membros de sua igreja, que neste compartilhar da vida se alegrarão com suas vitórias e chorarão com ele em suas derrotas (Rm 12.15)








2     O DISCIPULADOR E SUAS RESPONSABILIDADES

A tarefa do discipulador é ensinar o discípulo a observar todas as coisas que Jesus ordenou. A bíblia sagrada está repleta de informações importantes que transformam as vidas das pessoas que são tocadas por elas. Todo cristão é chamado para discipular (Mt 28:18-20)
Todo discípulo deve ser formado para cuidar de outros discípulos.
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores-mestres, com vista ao reto ordenamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo," (Ef 4:11-13).
Este texto fala do papel dos líderes que Deus constituiu na Igreja para trabalhar o reto ordenamento dos santos, para o desempenho do seu ministério, a edificação do corpo de Cristo. O discipulador tem este mesmo papel, seja ele um diácono, um presbítero ou um evangelista, seu alvo é auxiliar os cristãos em seu crescimento espiritual e moral progredindo a cada dia à imagem e semelhança de Cristo Jesus.
O alvo do discipulador é que determinará a sua função. Edificar o corpo de Cristo é ministério de todo discípulo. A função do discipulador é ordenar corretamente os discípulos para que desempenhem seu ministério.
 Em Jo 15:1-5 vemos que Cristo é a videira, o Pai é o agricultor, nós somos apenas ramos. Não podemos querer ser o agricultor. O líder é um cooperador da obra. A obra é de Deus, a lavoura é de Deus, o edifício é de Deus. Nós apenas cooperamos, ou seja, operamos junto com Ele pois sem Ele nada podemos fazer.
O discipulador não precisa ser um pregador, uma pessoa com oratória e palavras eloquentes ele deve apenas “harmonizar” os discípulos para que o Senhor faça a obra. Deve ser intenso na supervisão dos vínculos de discipulado.


2.1 O DISCIPULADOR E A VISÃO DO PROPÓSITO ETERNO DE DEUS
           
 A visão que alguém tem é que determina as suas estratégias. A estratégia sempre é fruto da visão. Quando falamos de visão estamos falando do Propósito Eterno de Deus que é: “ter uma grande família de muitos filhos semelhantes a Jesus”. E quando falamos de estratégia estamos falando de “como alcançar este propósito”. De forma muito resumida e prática, o discipulador deve se relacionar com quem está  discipulando como companheiro e amigo, formando juntas bem ligadas e ajustadas, conforme Ef 4:16.
Este relacionamento deverá produzir crescimento, ajuda mútua, perseverança no Senhor, comunhão, sacerdócio, proclamação, fruto e ministério de discipulado. Isto é mais do que dirigir cultos e pregar sermões, é ajudar na formação do caráter de Cristo na vida de quem está sob a nossa influência neste relacionamento. Lembremos sempre que é o Espírito Santo que faz o corpo funcionar. (1Co 12:12-14 e 25-27)
O discipulador deve olhar para todos os irmãos que estão sob a sua responsabilidade como sendo líderes e discipuladores em potencial. Nem sempre verá neles as características desejadas, estas serão formadas a seu tempo de acordo com o que falamos acima. Olhe como Jesus olhou para Pedro, um rude pescador, sem cultura, estabanado e impulsivo, mas com o coração no Senhor. Em pouco mais de três anos o Espírito o transformou num dos líderes da Igreja primitiva. Olhe para aqueles que estão mais próximos de você como os próximos líderes e discipuladores.
Trabalhe com eles “trazendo-os mais para perto”, fazendo a obra juntos, dando tarefas, permitindo que eles ministrem na sua presença, exortando-os, ajudando-os e ensinando-os de forma a suprir aquilo que falta para que eles sejam os líderes e discipuladores como você amanhã. Eles estão em treinamento. Lembramos novamente que sua principal função não é conduzir tão somente pregar e dirigir cultos, embora deva saber fazer isto também, seu papel é auxiliar na formação do corpo, mobilizando e supervisionando outros discípulos para que façam o que você faz.


2.2 O DISCIPULADOR E AS REUNIÕES PERIÓDIOCAS

            Num processo de discipulado é muito importante que o discipulador marque um dia e um horário para se encontrar com a pessoa ou as pessoas que ele está discipulando. Esta reunião pode ser semanal ou até quinzenal, mas é de suma importância que eles se encontrem para este fim. Sabemos que isso não é o mais importante, mas tem o seu lugar. Uma vez reunido com seus discípulos ele deverá cuidar para que os objetivos propostos para o grupo sejam atingidos. Aí vão algumas recomendações práticas:
·         O líder deve ter um auxiliar, e ambos devem estar no local da reunião pelo menos meia hora antes do horário marcado, e sempre que possível orar e buscar o Senhor pedindo para ele gerar um ambiente favorável a operação do Espírito Santo na vida dos que vem aprender a palavra de Deus.

·         Devem ser espontâneos e simples. Lembre-se o objetivo é discipular e não dar aulas de oratória ou retórica, portanto use palavras simples e sempre compreensíveis. Todo ensino deve se manter na simplicidade para que todos compreendam. Simplicidade não significa superficialidade.


·         O líder deve orar, buscar ao Senhor, receber dele a palavra, meditar nela, recebê-la em seu coração e depois dividi-la com os seus discípulos, na graça de Deus. As palavras mais profundas de Jesus foram ensinamentos aparentemente simples: “amai-vos uns aos outros...”, “ide, fazei discípulos”, “eu sou o caminho, e a verdade e a vida”, etc...

·         Enquanto ministra estimule a participação de todos fazendo perguntas, conferindo se estão atentos, isso com sabedoria para não ofender.

·         Esteja sensível ao Espírito Santo e aos seus direcionamentos. Saiba aproveitar bem o tempo. Podemos ter em uma mesma reunião oração, adoração, confissão de pecados, compartilhamento de lutas e dificuldades, ensino específico e comunhão, se não perdermos tempo com o que não interessa.

·         Não tente passar a imagem de super-homem, perfeito e impecável. O líder, o pastor o discipulador também é um discípulo de Jesus, que tem falhas e precisa de cuidados e seus discípulos devem saber disso. Se ofender alguém, se errar, se atrasar, peça perdão, não exite.

·         Esteja atento aos que falam muito e aos que falam pouco. Não atrase para iniciar e terminar as reuniões marcadas.

·         Tenha dia, horário e local definido para estas reuniões, evitando alteração ou cancelamento. Estas reuniões não devem durar mais do que uma hora e meia, se demorar de mais fica enfadonha e as pessoas passam a não mais frequenta-las, gerando um afastamento.


2.3 AMAR OS DISCÍPULOS

Jesus não era um homem de púlpito. Jesus era um homem de relacionamentos. Seus discípulos aprenderam tudo vendo. (1Jo 1:1) Jesus amava os seus discípulos Um dos fatores mais importantes para que os discípulos aprendam a amar é que sejam amados.
 O Espírito Santo nos dá a capacidade de amarmos e de demonstrarmos o amor.
Os discípulos amarão uns aos outros e isso vai causar impacto no mundo. O amor é a única maneira de conquistarmos uma reação favorável dos homens

2.4 CONVIVER COM OS DISCÍPULOS

Compartilhar sua vida este é o melhor ensino. Para se estreitar relacionamentos a convivência sempre foi e sempre será o melhor método. Ter encontros frequentes, semanais ou no máximo quinzenais.
Nestes encontros a troca de ideias, sonhos, projetos e decepções darão profundidade à relação discípulo / discipulador. Entre os encontros troquem e-mails, telefonemas, mensagens por celular. Estreite a amizade, isto fortalecerá e muito o processo de discipulado.
2.5 ENSINAR COM PRÓPRIA A VIDA

O discipulador deve ir à frente, ao invés de só apontar o caminho, o melhor mestre é aquele que ensina com palavras e obras. O exemplo é a melhor escola e nesta escola temos dois princípios:
·         O mestre deve ser e fazer tudo o que ele quer que o discípulo seja e faça.

·         O discípulo deve ter disposição de ser e fazer como o mestre.


O ensino que temos que transmitir não consiste em regras ou preceitos, mas sim em uma pessoa: Jesus Cristo, o filho de Deus. Transmitimos Jesus quando Ele pode ser visto em nosso agir falar e pensar. Assim podemos dizer como Paulo:
“Sede meus imitadores como eu sou de Cristo”. (1Co 11:1)
Ou seja, não adianta falar e incentivar os irmãos a proclamar a palavra, evangelizar, sair às ruas, serem pontuais, frequentes nos cultos e demais reuniões da igreja, fervorosos, participativos, etc.

Temos que fazer junto com eles, temos que ser o exemplo deles em todas estas áreas. O discipulador deve ser e fazer tudo aquilo que quer que seus discípulos sejam e façam. Jesus vivia os seus ensinamentos, mostrando assim que funcionavam.
 A melhor escola é o exemplo. O que não ensinamos por exemplo, na verdade, não ensinamos.



2.6 DELEGAR RESPONSABILIDADES

Delegar responsabilidades significa começar encarregando o seu aluno ou discípulo de pequenas tarefas, supervisionando sua atuação com sabedoria. Isso ajudará o discipulador a descobrir as deficiências, virtudes e dons; tornando o discípulo mais aberto ao ensino e ao aprendizado.
O ato de delegar, colocado de modo simples, envolve a designação, por uma pessoa a outra, de uma tarefa ou projeto específico e o compromisso daquela que recebeu a incumbência de concluir a tarefa ou o projeto.
É uma das mais importantes habilidades que um discipulador bem-sucedido pode demonstrar, porém frequentemente negligenciada ou despercebida por pessoas sobrecarregadas. 
Quando você delega, não somente transfere responsabilidade para outra pessoa, mas também a obrigação de prestar contas pela manutenção dos padrões estabelecidos. Os benefícios de delegar são muitos.
A delegação eficaz pode produzir para você, sua equipe e sua igreja benefícios de curto e longo prazo. Ao delegar, você poderá reduzir sua carga de trabalho e o nível de estresse, removendo de sua lista diária de tarefas aquilo que outros estão qualificados a fazer.
Isso lhe proporcionará mais tempo disponível para focar em projetos que exigem suas habilidades e autoridade em particular, bem como em tarefas de maior importância, como planejamento de longo prazo e desenvolvimento de diretrizes, isto aumenta a motivação e proporciona ao discípulo um importante sentimento de realização que o ajudará no processo de aprendizagem.

2.7 MOSTRAR O QUE DISCÍPULO TEM QUE MUDAR, ABANDONAR OU MANTER
Todas as pessoas precisam melhorar em algum ponto de sua vida. Quando entramos em um processo de discipulado com alguém, nós vamos percebendo muitas qualidades e defeitos nesta pessoa, assim alguns defeitos precisam ser corrigidos imediatamente outros podem aos poucos ir sendo trabalhados num processo de mudança. Cabe ao dicsipulador ir orientando seu aluno, neste processo de transformação de vida.
O aprendiz também terá muitas qualidades que ele mesmo não as identifica e ai cabe ao seu orientador ir lhe apontando estas virtudes no sentido dele aperfeiçoar seus talentos e atitudes com relação a elas com o objetivo de se tornar mais bem sucedido em tudo o que faz.
Em outro momento o papel do discipulador será de orientar seu discípulo no intuito de que este se mantenha em determinada rota o u caminho, por que ele está indo bem e muitas vezes se não for motivado e encorajado a se manter onde está poderá desistir de algo que lhe custou muito na vida alcançar e por inexperiência ou falta de bons conselhos acabará abandonando.

2.8 ENSINAR O DISCÍPULO A EVANGELIZAR

Hoje nós temos na igreja muitas pessoas que estão preocupadas apenas com suas vidas pessoais e sua salvação. Elas não evangelizam, não pregam a palavra para ninguém e não estão voltadas para as necessidades dos outros que ainda não conhecem a Cristo.
Muitos que assim estão, fazem isto como fruto de seu egoísmo e preocupação egocêntrica, porém outros nunca foram instruídos no sentido de serem preparados para pregar, evangelizar e atrair para a igreja outras pessoas que não são cristãs ainda.
As ministrações que lhe fizeram a maioria ou todas elas, falava muito do cuidado de Deus para com ele, todavia não lhe preparou para a grande comissão de Jesus, onde pregar o evangelho para toda criatura é uma das nossas maiores responsabilidades.
Sendo assim cabe ao discipulador não só mostrar a importância da evangelização para o avanço do Reino de Deus, como também ensinar caminhos e estratégias para se chegar as pessoas que ainda não conhecem a Deus e o seu infinito amor e misericórdia. Um caminho maravilhoso para isto é levar o novo convertido para o campo de evangelismo e através de exemplos concretos construir com ele este novo estilo de vida, onde o outro é muito importante para Deus.
2.9 LEVAR O DISCÍPULO A UMA MUDANÇA RADIACAL DE VIDA

Se ao pensar na igreja e no discipulado, nos limitamos aos cultos, ensaios, escola bíblica e outras atividades, ligadas ao templo e a cultos familiares nos enganamos.
A mudança na edificação das vidas se produz quando tomamos plena consciência que estamos formando e levantando uma comunidade, um povo para Deus, que irá caminhar com ele e expressar a sua vida no mundo em que vivemos em todas e quaisquer circunstâncias.
Tudo então tem um novo valor, até as coisas mais pequenas e consideradas naturais na vida são importantes. Já não nos preocupamos somente com a conduta, os aspectos espirituais e o serviço na igreja, mas com tudo que diz respeito a vida de um povo, a partir de um discipulado contínuo, planejado, progressivo e transformador, onde uma correta linha de valores, pagamento de impostos, melhoria de vida, descanso, saúde, alimentação, administração do dinheiro, piedade, testemunho, e tantas outras coisas serão levadas em consideração, na edificação destas pessoas que nos foram confiadas a responsabilidade de orientar acerca do Reino de Deus e de como refletir a vida de Jesus aqui na terra.

                                                   BIBLIOGRAFIA

CAMPANHÃ. JOSUÉ. DISCIPULADO QUE TRANSFORMA. ED HAGNOS. SÃO PAULO. SP. 2012

GUSSO. ANTONIO R. DISCÍPULOS FAZENDO DISCÍPULOS. ED. AD SANTOS. SP. 2005

HUSTON. JAMES. O DISCÍPULO. ED. PALAVRA. SÃO PAULO. SP. 2011

WEBGRAFIA



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