sexta-feira, 29 de junho de 2012

A parábola dos talentos e o senhor dos jardins - Ruben Alves

                                  

(Ruben Alves- Correio popular, 21/12/2002)

Jesus sabia que as estórias são o caminho para o coração. Por isso contava parábolas. As parábolas de Jesus eram sempre feitas em torno de situações da vida naquela época. Se ele vivesse hoje suas parábolas seriam diferentes.

Havia um homem muito rico, possuidor de vastas propriedades, que era apaixonado por jardins. Os jardins ocupavam o seu pensamento o tempo todo e ele repetia sem cessar: “O mundo inteiro ainda deverá se transformar num jardim. O mundo inteiro deverá ser belo, perfumado e pacífico. O mundo inteiro ainda se transformará num lugar de felicidade.“ Suas terras eram uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de ervas, franceses. Era um trabalhão cuidar dos jardins. Mas valia a pena pela alegria. O verde das folhas, o colorido das flores, as variadas simetrias das plantas, os pássaros, as borboletas, os insetos, as fontes, as frutas, o perfume... Sozinho ele não daria conta. Por isso anunciou que precisava de jardineiros. Muitos se apresentaram e foram empregados. 

Aconteceu que ele precisou fazer uma longa viagem. Iria a uma terra longínqua comprar mais terras para plantar mais jardins. Assim, chamou três dos jardineiros que contratara, Paulo, Hermógenes e Boanerges e lhes disse: “Vou viajar. Ficarei muito tempo longe. E quero vocês cuidem de três dos meus jardins. Os outros, já providenciei quem cuide deles. A você, Paulo, eu entrego o cuidado do jardim japonês. Cuide bem das cerejeiras, veja que as carpas estejam sempre bem alimentadas... A você, Hermógenes, entrego o cuidado do jardim inglês, com toda a sua exuberância de flores pelas rochas... E a você, Boanerges, entrego o cuidado do jardim mineiro, com romãs, hortelãs e jasmins.“ Ditas essas palavras ele partiu. O Paulo ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim japonês. O Hermógenes ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim inglês. Mas o Boanerges não era jardineiro. Mentira ao se oferecer para o emprego. Quando ele viu o jardim mineiro ele disse: “Cuidar de jardins não é comigo. É trabalho demais...“ Trancou então o jardim com um cadeado e o abandonou. Passados muitos dias voltou o Senhor dos Jardins, ansioso por ver os seus jardins. O Paulo, feliz, mostrou-lhe o jardim japonês, que estava muito mais bonito do que quando o recebera. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Veio o Hermógenes e lhe mostrou o jardim inglês, exuberante de flores e cores. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Aí foi a vez do Boanerges. E não havia formas de enganar. “Ah! Senhor! Preciso confessar: não sou jardineiro. Os jardins me dão medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das taturanas, das aranhas. Minhas mãos são delicadas. Não são próprias para mexer com a terra, essa coisa suja... Mas o que me assusta mesmo é o fato das plantas estarem sempre se transformando: crescem, florescem, perdem as folhas. Cuidar delas é uma trabalheira sem fim. Se estivesse no meu poder, todas as plantas e flores seriam de plástico. E a terra seria coberta com cimento, pedras e cerâmica, para evitar a sujeira. As pedras me dão tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam onde são colocadas. Como é fácil lavá-las com esguicho e vassoura! Assim, eu não cuidei do jardim. Mas o tranquei com um cadeado, para que os traficantes e os vagabundos não o invadissem.“ E com estas palavras entregou ao Senhor dos Jardins a chave do cadeado. O Senhor dos Jardins ficou muito triste e disse: “Esse jardim está perdido. Deverá ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês vão ficar encarregados de cuidar desse jardim. Quem já tinha jardins ficará com mais jardins. E, quanto a você, Boanerges, respeito o seu desejo. Você não gosta de jardins. Vai ficar sem jardins. Você gosta de pedras. Pois, de hoje em diante, você irá quebrar pedras na minha pedreira...“

Nas garras da graça - Max Lucado (Dica de leitura)

                                      

Pode alguma coisa separa-nos do amor que Cristo tem por nós? 

O Autor convida a escalar o cume da montanha da misericórdia divina. 

Nas Garras da Graça recordará a você que o Deus que o criou é suficientemente forte para sustentá-lo. Ele mostra que a dimensão da Graça de Deus é imensamente maior que os nossos conceitos de pecado, justiça e até amor.

Este é um estudo profundo sobre a Epístola de Paulo aos Romanos.Escrita para auto-suficientes. Dissecado pelo autor desse livro em três classes: Os hedonistas que centralizam-se no prazer; Os judicialistas que se inclinam à arrogância; os legalistas que são conduzidos pelo esforço...Romanos o maior tratado já escrito sobre a graça. E por isso Martinho Lutero chamou Romanos de "a parte fundamental do Novo Testamento e verdadeiramente o mais puro Evangelho!"

Simplesmente maravilhoso é sempre bom lembrarmos que é pela graça que somos salvos e que não há nada que tenhamos feito que fará com que Deus nos ame menos e não há nada que possamos fazer para que Ele nos ame mais...graça, sublime graça de Deus !

José um homem íntegro e indulgente - Charles Swindoll(Dica de leitura)


                                                    

No mundo em que a desarmonia, as intrigas, a competitividade e a desunião parecem reinar absolutas, é quase impossível escapar da injustiça e muitas vezes ela está dentro do próprio ambiente familiar. 

Como enfrentar e superar a traição quando ela advém de um parente próximo, de um irmão? Daquela pessoa com quem se partilhou os momentos mágicos da infância?
De alguém que se aprendeu a amar desde os primeiros anos de vida?

Esse é o início da história de José, uma das figuras mais extraordinárias da Bíblia, e essa é a situação que ele não apenas superou, mas deixou como exemplo da recompensa divina pela integridade, fé e perseverança.

Nenhuma família em nossos dias é mais disfuncional que a de José. Ninguém é confrontado hoje por uma tentação maior do que a oferecida a José pela mulher de Potifar. Fé nenhuma é mais desafiada do que a de José na cela da morte numa prisão egípcia. Todavia, José se manteve firme, dando-nos exemplo do que é possível quando pessoas comuns continuam em comunhão com Deus.

A bíblia através dos séculos - Antônio Gilberto (Dica de leitura)

                                               
 O assunto do livro é o estudo introdutório e auxiliar das Sagradas Escrituras, para sua melhor compreensão. É também chamado Isagoge nos cursos superiores de teologia. Este estudo auxilia grandemente a compreensão dos fatos da Bíblia. Um ponto saliente nele é a história da Bíblia mostrando como chegou ela até nós. A necessidade desse estudo é que, sendo a Bíblia um livro divino, veio a nós por canais humanos, tornando-se, assim, divino-humana, como também o é a Palavra Viva - Cristo -, que se tornou também divino-humano (Jo 1.1; Ap 19.13).


Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Por essa razão, a Bíblia faz alusão a tudo que é terreno e humano. Ela menciona países, montanhas, rios, desertos, mares, climas, solos, estradas, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos, costumes, culturas, etc. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem como do nosso modo de pensar. Se Deus usasse sua linguagem, ninguém o entenderia. Ele, para revelar-se ao homem, adaptou a Bíblia ao modo humano de perceber as coisas. Destarte, o autor da Bíblia é Deus, mas os escritores foram homens. Na linguagem figurada dos Salmos e das diversas outras partes da Bíblia, Deus mesmo é descrito e age como se fosse homem. A Bíblia chega a esse ponto para que o homem compreenda melhor o que Deus lhe quer dizer. Isto também explica muitas dificuldades e aparentes contradições do texto bíblico.
O ÂMBITO DESTE ASSUNTO é a  A Bibliologia que estuda a Bíblia sob os seguintes pontos de vista: 
1. Observações gerais sobre sua leitura e estudo. 
2. Sua estrutura, considerando sua divisão, classificação dos livros, capítulos, versículos, particularidades e tema central. 
3. A Bíblia considerada como o Livro Divino, isto é, como a Palavra escrita de Deus. 
4. O Cânon sagrado: sua formação e transmissão até nós. 
5. A preservação e tradução do texto da Bíblia. Isto aborda as línguas originais e os manuscritos bíblicos. 
6. Inclui ainda elementos de história geral da Bíblia, inclusive o Período Interbíblico ou Intertestamentário, e de auxílios externos no estudo da Bíblia: geografia bíblica, usos e costumes antigos orientais, sistemas de medidas, pesos e moedas; cronologia bíblica geral, história das nações antigas contemporâneas; estudos das personagens e dos livros da Bíblia, e das dificuldades bíblicas.

O monge e o executivo - James Hunter (Dica de leitura)

                                          1011707b2ccfca3e6eb96f7d690c93bf 200x300 O Monge e o Executivo   livro de James Hunter

“O Monge e o Executivo” de James Hunter, foi publicado no Brasil pela Sextante e é um dos primeiros livros sobre liderança que utilizam uma linguagem diferente, não técnica. Talvez seja por isso que está tanto tempo na lista dos mais vendidos.
O livro conta a história de um executivo que, no limite do stress, é inscrito pela sua esposa em um programa para reflexão no monastério conhecido, onde muitos vão se consultar com um ex-presidente de empresa e muito bem-sucedido que largou tudo para virar monge na busca de um novo sentido para sua vida. O autor conseguiu fazer com que o leitor consiga equilibrar fatores racionais e emocionais para tomar decisões administrativas, além da relevância do relacionamento de liderança, respeito e humildade.
Para James Hunter, autor do livro “O Monge e o Executivo”, para ser um verdadeiro líder é aquele que conhece todas as necessidades dos seus subordinados e sabe que para liderar é preciso saber servir, ter responsabilidades, conhecer estímulos para tornar a relação ainda melhor e conhecendo os limites de cada um.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Teologia Elementar - Bancroft (Dica de Leitura)

                                                 


Muitos líderes evangélicos receberão jubilosos este volume teológico saído da pena do Dr. Emery H. Bancroft, ainda que este novo volume seja um compêndio elementar é valioso e importante.

É realmente lamentável que nossos dias não estejam produzindo grandes teólogos. Há negligência nesse significativo campo. A negligência talvez seja devida parcialmente ao fato que especializar-se no terreno da teologia, exige submissão a uma disciplina mental que não oferece atrativo algum em nossa época de excentricidades e debilidades espirituais.

Para que se perceba a necessidade de um reavivamento na teologia é bastante que se leia as obras teológicas de outras épocas e em seguida se leia alguns dos modernos religiosos. Alguns de nossos ensaístas populares, que estão pregando e escrevendo o que consideram sermões, bem poderiam dar atenção à obra elementar do professor Bancroft.

O Dr. A.H. Strong define a teologia como segue: “Teologia é a ciência de Deus e das relações entre Deus e o universo”, como alvo da teologia ele apresenta ”a averiguação dos fatos concernentes a Deus e às relações entre Deus e o universo, bem como partes componentes de um sistema formulado e orgânico de verdade”.

Aqui vamos a importância e o valor do Estudo da teologia. No presente volume o autor teve em mente a necessidade dos alunos de Institutos Bíblicos e daquele grande número de obreiros cristãos que estão a ensinar nas classes de Escola Dominical.

Sem contar o valor do conhecimento adquirido, o estudo deste assunto contribui para o desenvolvimento mental. A habilidade de pensar com clareza e de apresentar a verdade de maneira lógica é o resultado que geralmente se segue ao estudo diligente da teologia.

Redes e aquários: repensando os nossos relacionamentos interpessoais


                                          


(Por João Pereira Coutinho)

Há um novo crime na praça. E eu sou culpado aos olhos de amigos, colegas, até leitores. Não respondo a e-mails de imediato. Só passados alguns minutos -ou algumas horas.
Defendo-me como posso. Digo, a sério, que só consulto a internet duas vezes por dia -ao acordar e ao deitar. Questão de higiene -mental. Curiosamente, quase sempre estou a escovar os dentes.

Ninguém acredita. E, quem acredita, diz que isso não é desculpa: existem uns celulares que recebem e-mails em tempo real e permitem respostas em tempo real.

Agradeço a informação, mas não era preciso: eu próprio já recebi e-mails do gênero, que terminam com a declaração solene “esta mensagem foi enviada por iPhone”.

Nunca sei que responder: mostrar-me abismado com a proeza e aplaudir a grande honra que o sujeito me concedeu?

Às vezes, há situações bizarras. Alguém envia um e-mail. Minutos depois, envia outro, só para perguntar se eu recebi o primeiro. Duas ou três horas depois, vem mais um -dessa vez, uma repetição do inicial, para o caso de eu não ter lido.

Essa comunicação unilateral termina com um quarto ou um quinto, em que sou acusado das maiores baixezas (indiferença, preguiça, hostilidade etc.).
Em poucas horas, alguém iniciou e terminou uma comunicação comigo sem que eu jamais estivesse presente para dizer “presente!”. Que se passa com o mundo?

Os especialistas no assunto, psicólogos e sociólogos que pesquisam os paradoxos da internet, afirmam que estamos cada vez mais ligados e exigimos respostas cada vez mais rápidas uns dos outros. Certo, especialistas do óbvio, certíssimo.

A questão, porém, deve ser outra: que tipo de gente a internet está a produzir no século 21?

Foi precisamente essa pergunta que o escritor Stephen Marche formulou em artigo para a revista “The Atlantic” (“Is Facebook Making Us Lonely?”). As conclusões não são otimistas: estamos todos ligados, mas essa sensação de contato permanente não significa que o nosso isolamento (e a nossa solidão) decresceu.

O Facebook é, inevitavelmente, um caso clássico: que significa esse imenso continente virtual onde “existem” 845 milhões de pessoas, onde se publicam bilhões de comentários diários e onde se postam 750 milhões de fotos por semana?

Stephen Marche não faz parte dos luditas modernos para quem o Facebook é a “bête noir” da civilização ocidental. A resposta dele, depois de ler os últimos estudos sobre o fenômeno, é de uma sensatez que arrepia: a internet é um meio, não um fim. O que somos como seres sociais depende da forma como usamos as redes sociais.

Que o mesmo é dizer: quem usa o Facebook para substituir a realidade não aumenta o seu “capital social”. Pelo contrário, pode mesmo sentir o isolamento típico de um peixe que contempla o mundo através do vidro do aquário. Paralisante. Angustiante.

No artigo, o autor cita um neurocientista da Universidade de Chicago, John Cacioppo, que oferece uma metáfora ainda melhor: podemos usar o carro para ir ao encontro de amigos; ou podemos dirigir sozinhos pelas ruas da cidade. O mesmo carro, duas atitudes distintas.
A internet, e as redes sociais que ela comporta, é apenas um instrumento para, não um substituto de. O desafio, leitor, não está em quebrar o aquário. Está em sair dele de vez em quando.

Sair. Desligar. Não estar disponível. Ou, como escreve Stephen Marche, “termos a oportunidade de nos esquecermos de nós próprios”.

Eis, no fundo, a observação mais luminosa do ensaio: a nossa constante disponibilidade para os outros é apenas uma manifestação mais profunda do nosso insuportável narcisismo. E o narcisismo, como sempre, nasce de uma insegurança que procuramos preencher com o culto doentio do ego.

Pensamos que somos tão imprescindíveis que temos de estar presentes 24 horas por dia na vida alheia. E vice-versa: pensamos que somos tão importantes que os outros têm de estar permanentemente disponíveis para nós.

Lamento, amigos. Lamento, colegas. Lamento, leitor. Os meus silêncios não têm nada de pessoal. Nem eu nem você somos assim tão importantes.

[Fonte: Folha de S.Paulo, Ilustrada, 24 de abril de 2012.]

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Trunfando sobre a amargura nos nossos relacionamentos


                                       

Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. 
(Hb 12. 15)

Poucas emoções destroem tanto os relacionamentos interpessoais, como a amargura.

Quando estamos amargurados as palavras que jorram de nossa boca são ácidas, ferem como espada, queimam como fogo e afastam as pessoas de nós e nós das pessoas, afinal quem quer ficar perto de alguém que só destila fél? Quem quer dialogar com alguém que se acha a pior pessoa do universo ou imagina que todos estão contra ela? Quem quer estar próximo de uma pessoa que só coloca para baixo os que se aproximam?

Quando nasce em nossos corações a raiz de amargura, ela contamina cada área de nosso ser.

Nem uma região de nossa alma e coração escapa. Um dia ou outro todos se amarguram por causa das coisas ruins da vida, mas a advertência bíblica é contra algo mais profundo, algo que chega a ter raiz e está muito bem arraigada no solo do coração.

Geralmente a raiz de amargura é fruto ou consequência de sentimentos mal resolvidos.

Sentimentos como o de frustração, quando as coisas não acontecem da forma que a gente gostaria que acontecesse é também fruto de não liberar perdão para alguém; é ainda fruto de nos acharmos inferiores a outras pessoas ou incapacitados de reverter quadros desagradáveis em nossas vidas ou vencer desafios que para nós parecem impossíveis.

Mas existe um antídoto contra este mal. A bíblia chama de "graça de Deus". 

Quando o ser humano esquece que é favorecido por Deus em inúmeras ocasiões, ele começa ficar assim,amargurado, mas ao perceber os privilégios que tem, algo bom se instala dentro de seu ser, a gratidão como fruto da graça recebida.Todos na vida enfrentam dificuldades, desgostos, rejeições e até o ódio gratuito de alguém, mas a vida não é só feita de coisas ruins e o mal do amargurado é que seus olhos foram contaminados pelo vírus do pessimismo e agora com este vírus incubado em seu ser, sua visão fica míope, fica torta, já não enxerga o bem que as pessoas lhe fazem, as alegrias que a vida proporciona a quem tem um olhar mais direcionado as situações boas e agradáveis e a tudo de benéfico que a vida trás. A graça de Deus é um remédio eficiente e eficaz contra a amargura, ver a vida com os olhos da graça é ver as dádivas que Deus nos concede todos os dias, tais como o sol que nos ilumina e dá vida, a chuva que cai sobre os bons e os maus, os amigos que nos querem bem sem  segundas intenções, a salvação revelada em Jesus Cristo, a presença do Espírito Consolador, o pôr do sol que é uma das paisagens mais lindas que existe no universo, o sorriso de uma criança, o abraço de um irmão, o dia de vida chamado hoje, enfim temos muito o que reclamar e nos amargurar se quisermos mas todavia temos muito, muito mais a agradecer e salmodiar a Deus pelos seus benefícios, impedindo que a raiz de amargura se instale em nosso ser, em nossa alma e por fim contamine quem está mais próximo de nós e que nós tanto amamos. mude o foco, da desilusão para a esperança, mude o foco da incredulidade para a fé, mude o foco do pessimismo para o otimismo, nesta vida nós não estamos sós há um Deus, há um Pai cuidando de nós, nos observando bem de pertinho,  passe a mão no rosto e enxugue seu pranto, levante sua cabeça, saia deste isolamento social e apareça para a vida, você tem algo a contribuir com a humanidade que é só teu, deixe escorrer de seu interior esta água que outros ainda não beberam dela, seu ressentimento pode até ser razoável, porém sua alegria será muito mais e trará mais benefícios para você e para quem se relacionar contigo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Esperança - Rabindranath Tagore


                            

"Senhor!Dá-me a esperança, leva de mim a tristeza e não a entrega a ninguém.

Senhor! Planta em meu coração a sementeira do amor e arranca de minha alma as rugas do ódio.

Ajuda-me a transformar meus rivais em companheiros, meus companheiros em entes queridos.
Dá-me a razão para vencer minhas ilusões.

Deus! Conceda-me a força para dominar meus desejos.

Fortifica meu olhar para que veja os defeitos de minha alma e venda meus olhos para que eu não cometa os defeitos alheios.

Dá-me o sabor de saber perdoar e afasta de mim os desejos de vingança.

Ajuda-me a fazer feliz o maior número de possível de seres humanos, para ampliar seus dias risonhos e diminuir suas noites tristonhas.

Não me deixe ser um cordeiro perante os fortes e nem um leão diante dos fracos.

Imprime em meu coração a tolerância e o perdão e afasta de minha alma o orgulho e a presunção.

Deus! Encha meu coração com a divina fé...Faz-me uma mulher realmente justa"

Orgulho Fatal - Richard Dortch (Dica de leitura)

                               

O que leva homens e mulheres comuns a ultrapassarem certos limites, e a abusarem de sua autoridade? 

Neste livro o autor compartilha as respostas a esta e outras perguntas através de sua própria experiência. 


Determinadas posturas poderão levar você a ser a próxima vítima do orgulho fatal. Livre-se delas antes que seja tarde demais! 



Buscar arrogantemente o poder não é atributo espiritual. É sinal de egoísmo e orgulho. Todo aquele que deseja o poder para obter prestígio é traiçoeiro. No esforço de tornar-se imperial, adquire a mentalidade que diz: 'Estou gostando desta liderança. Sei o que é melhor, apenas sigam-me!'.

Apreciam alguns poderosos - leigos, pregadores, empresários, educadores, oficiais do governo ou quem quer que seja - o brilho, a honra e o prestígio da liderança? Têm prazer em chegar ao topo pela escada da adulação? Vêem as pessoas como irmãos e irmãs, e a si mesmos como um de seus companheiros de serviço? Ou estão mais inclinados a manter o rebanho em seu lugar? Trovejam mensagens quanto ao que o trabalho deve ser? Ou guiam alegremente como um pastor?

Quero chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já temos".

Nossa atitude com relação às pessoas é, freqüentemente, uma ofensa a Deus e aos que estão se esforçando para servir. Enquanto as pessoas estão quase sempre ansiosas para liderar - liderança santa e inspirada - estamos afundados em nosso 'trabalho'. Quando isso acontece, podemos facilmente nos tornar insensíveis aos sentimentos alheios".
Nesta obra fantástica você receberá uma "vacina" contra o orgulho fatal através de conhecer a experiência de alguém que já foi vítima dele, este é um dos livros mais interessantes sobre o assunto que já li.

A dádiva da dor - Philip Yancey e Paul Brand (Dica de leitura)

                                                   

Já imaginou um mundo sem dor?


Há dois fatos da vida que perturbam praticamente todas as pessoas, e com os quais quase todo o mundo tem enorme dificuldade de lidar. Um deles é a inexorabilidade da morte; o outro, a inevitabilidade da dor. Por isso, é mais fácil aceitá-la como maldição em vez de bênção.

Fugimos da dor de todas as maneiras possíveis. Viver num mundo sem dor, portanto, parece ser o lugar ideal para a civilização ocidental, acostumada a gastar boa parte de seus orçamentos em remédios para aliviar todo o tipo de dor.

Entretanto, em seus longos anos lidando com pacientes acometidos pela lepra Paul Brand vivenciou a tragédia de viver num mundo sem dor, no qual por total insensibilidade ao toque, homens e mulheres, dia-a-dia, atrofiavam seus membros, numa automutilação sem fim.

Quando ninguém, nem mesmo a classe médica, importava-se com os leprosos, Paul Brand motivado por um forte sentimento de caridade pelos renegados e uma incontrolável paixão científica, decidiu dedicar a sua vida para lidar com aqueles que sofrem por não sentir dor.

Em sua investigação, Dr. Brand traçou o mecanismo da dor no ser humano e mostrou como ela precisa ser melhor compreendida. “Ouça a sua dor. É o seu corpo falando com você”, dizia. Em A dádiva da dor, Yancey nos conta como esse simpático doutor colocou a dor em seu devido lugar – um presente daquele que nos fez para que soubéssemos quando estamos maltratando sua preciosa criação.

Depois que li esta obra mudei a forma de encarar muitas coisas na vida, entre elas algumas dores e sofrimentos.

Sobre os autores:

Paul Brand  (1914-2003)
Ortopedista e cirurgião renomado, filho de missionários, o dr. paul Brand passou os primeiros anos de sua vida nas montanhas do sudoeste da Índia, de onde saiu para estudar na Inglaterra. Formado pela Universidade de Londres, voltou à Ásia em 1946, já casado com Margaret, para ensinar no Colégio e Hospital Cristão de Vellore. Neste retorno à Índia, o casal começou a trabalhar na assistência aos chamados “mendigos leprosos”, gente execrada por uma sociedade regida pelo sistema de castas. Foi assim que Brand desenvolveu um tratamento para as deformidades causadas pela doença, bem como uma nova forma de atendimento, mais humanizada. 

Palestrante e escritor, recebeu vários prêmios e títulos, inclusive o de Comandante do Império Britânico, concedido pela própria rainha Elizabeth II, em 1961. Escreveu uma centena de textos científicos e sete livros, três deles com Philip Yancey : Adádiva da dorAs maravilhas do corpo (publicado por Edições Vida Nova) e In his image (À sua imagem).

Philip(1949)
Escritor e jornalista, Philip Yancey  viveu toda a infância e início da adolescência no ambiente de uma igreja extremamente legalista do sul dos Estados Unidos. Assim, formou a imagem de um Deus legalista, nervoso e pronto para castigar sem misericórdia o menor deslize. Se de um lado as muitas leituras — em sua maioria, seculares — e o início da vida acadêmica conduziram Yancey ao questionamento das estruturas eclesiológicas, por outro pavimentaram o caminho para a descoberta de uma fé e de um relacionamento com Deus verdadeiramente fundamentados na graça.

Autor de sucesso, com mais de 14 milhões de livros vendidos em diversas línguas, Philip Yancey já escreveu para revistas e jornais de prestígio, como Reader's Digest, Saturday Evening Post e Christianity Today. Atualmente, além das atividades editoriais, ministra palestras em vários países, inclusive no Brasil, onde se tornou referência em literatura cristã.