quarta-feira, 20 de julho de 2011

A oração no nosso relacionamento com Deus

                                         
                                         


“Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, se­jam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela ora­ção e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vos­sa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4. 6-7).

Me sentei diante do meu computador nesta segunda-feira, para escrever sobre a fé no nosso relacionamento com Deus. Tinha o esboço de um artigo pronto para publicar, comecei então a pesquisar imagens para ilustrar o que iria dizer, mas ao me deparar com o texto a seguir, do Pr Bill Hybels, não pude ignora-lo. Eu li, fui profundamente tocado a rever a minha vida de oração e decidi compartilhar com você, querido leitor, pare, leia e pense se o que esta escrito não faz todo sentido.


A oração um ato antinatural

A oração não faz parte de nossa orgulhosa natureza humana. No entanto, em algum momento, quase todos nós chegamos ao ponto em que caímos de joelhos, inclinamos a cabeça, fixa­mos nossa atenção em Deus e oramos. Podemos até nos certifi­car de que ninguém esteja olhando, podemos ficar envergo­nhados, mas, a despeito de tudo isto, nós oramos.

Há vinte anos comecei a separar um tempo para orar e minha vida de oração tem sido transformada. Minha maior satisfação não é uma lista de respostas miraculosas às minhas orações, embora tenha tido respostas maravilhosas. A maior emoção tem sido a diferença qualitativa em meu relacionamento com Deus. 

Meu relacionamento com Deus era um tanto ocasional. Não nos reuníamos para conversar com muita frequência. Agora, no entanto, todas as manhãs, passamos muito tempo juntos, por um longo período, não em conversas apressadas, mas em diálogo introspectivo, significativo. É como se eu tivesse passa­do a conhecer melhor a Deus desde que comecei a orar.

Se o Espírito Santo o está dirigindo a aprender mais a respeito da oração, com certeza você irá embarcar em uma aventura maravilhosa. À medida em que você for se fortalecendo na ora­ção, Deus irá se revelando mais e mais, soprando da vida dele em seu espírito. Atente para as minhas palavras: sua experiên­cia com a oração lhe trará mais satisfação e recompensa do que as respostas que você, com certeza, receberá. Comunhão com Deus, fé, segurança, paz, conforto, você se apossará destes sentimentos maravilhosos enquanto vai aprendendo a orar.

Através da oração Deus nos concede sua paz e este é um dos motivos pelos quais até as pessoas auto-suficientes caem de joe­lhos e derramam seus corações diante dele. No entanto, há um outro motivo. As pessoas são levadas a orar porque sabem que o poder de Deus flui, em primeiro lugar, para aqueles que oram.
Um grande número de textos bíblicos ensina que nosso Todo-Poderoso e Onipotente Deus está pronto, desejoso e apto para responder às orações de seus fiéis. Os milagres do êxodo de Israel do Egito e a jornada para a Terra Prometida foram respos­tas de oração. Como, também, os milagres de Jesus aquietando tempestades, providenciando alimento, curando enfermos e ressuscitando os mortos. À medida que a Igreja foi se constitu­indo, crescendo e se espalhando pelo mundo, Deus continuou a responder às contínuas orações dos cristãos buscando cura e livramento.
O poder de Deus é capaz de transformar circunstâncias e re­lacionamentos. Pode nos ajudar a enfrentar as lutas diárias.
Cura problemas físicos e psicológicos, remove obstáculos no casamento, supre necessidades financeiras, em suma, o poder de Deus opera em qualquer tipo de dificuldade, dúvida ou de­sânimo.
Alguém já disse que quando trabalhamos, nós trabalhamos, mas quando oramos, Deus trabalha. Seu poder sobrenatural encontra-se à disposição de pessoas que oram, convencidas até o âmago de que Ele se importa com elas. Os céticos podem argumentar que orações respondidas não passam de coinci­dências, como um arcebispo inglês comentou: “É impressio­nante como ocorrem coincidências quando se começa a orar.”

Mãos erguidas para o céu
Uma história do Antigo Testamento me convenceu, mais do que qualquer outro texto bíblico, que a oração traz resultados significativos. Encontra-se em Êxodo 17.8-13:
Então, veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim. Com isso, ordenou Moisés a Josué: “Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque; amanhã, estarei eu no cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão.”
Fez Josué como Moisés lhe dissera e pelejou contra Amaleque; Moisés, porém, Arão e Hur subiram ao cume do outeiro. Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. Ora, as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram por baixo dele, e ele nela se assen­tou; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um de um lado, e o outro, do outro: assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol. E Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo ao fio da espada.
Moisés, o famoso líder de Israel, viu-se diante de uma crise. O exército inimigo aproximara-se do acampamento dos israelitas no deserto, pronto para derrotá-los.
Moisés, então, convoca o comandante mais hábil para discutirem a estratégia militar. Depois de tudo planejado, ele explica como será o ataque: “Josué, reúna amanhã nossos melhores soldados e leve-os até a planície, ao encontro do inimigo. Lute com coragem. Eu irei com dois homens até o alto do outeiro e erguerei minhas mãos para o céu. Orarei a Deus para que der­rame coragem, bravura, harmonia e proteção sobrenatural so­bre nossas tropas. Vamos ver como Deus vai operar.”

O poder de Deus é liberado
Josué concorda. Ele crê na oração e preferia receber o apoio da oração de Moisés do que seu apoio militar. Ocorre que, quando as mãos de Moisés estão levantadas para o céu, as tropas de Josué prevalecem na batalha, lutando com força divina e rechaçando o inimigo.
Como é de se esperar, no entanto, os braços de Moisés tor­nam-se cansados. Ele os deixa cair ao longo do corpo e põe-se a caminhar pelo outeiro, observando a batalha. Para seu pavor, o curso da batalha muda bem diante de seus olhos. As tropas de Josué estão sendo atingidas; o inimigo vai ganhando terre­no.
Moisés ergue novamente os braços para o céu e leva o proble­ma para o Senhor. Na mesma hora o ímpeto de luta mais uma vez volta em Josué e nos israelitas e os inimigos são repelidos. Então Moisés entende. Ele precisa manter os braços erguidos para o céu, em oração, se quiser abrir a porta para a interven­ção sobrenatural de Deus no campo de batalha.
Moisés descobriu naquele dia que o poder predominante de Deus é liberado através da oração. Quando eu comecei a orar com fervor, descobri a mesma coisa. Em resumo, se você está propenso a convidar Deus a se envolver em seus desafios diári­os, vai experimentar o poder predominante dele, em seu lar, nos relacionamentos, no trabalho, na escola, na igreja e onde for mais necessário.
Este poder pode se manifestar em forma de sabedoria, uma solução muito importante que você não consegue encontrar sozinho. Pode se manifestar em forma de coragem, em um grau bem maior do que você jamais vivenciou. Pode se manifestar em forma de confiança ou perseverança, de poder de resistên­cia incomum, de mudança de atitude em relação ao cônjuge, aos filhos ou pais, ou circunstâncias alteradas e talvez de mila­gres inconfundíveis. Qualquer que seja sua manifestação, o poder predominante de Deus é liberado nas vidas de pessoas que oram.
Sei que Deus responde as orações. Ele responde as minhas e responderá as suas também. Mais que isto, Ele deseja ouvi-lo. Sua experiência de oração começa com a disposição de Deus em ouvir você.


                                                                     Pr Bill Hybels

FONTE DO TEXTO: SITE DO PR DERVILE