O
termo “parábola” provém do grego “parabole” que indica a colocação de coisas
uma ao lado da outra para fins de comparação. Como um grande contador de casos,
como eram muitos dos rabinos, Jesus o Mestre por excelência usava
constantemente parábolas no exercício de seu ministério de ensinamento. A
originalidade das parábolas de Jesus não consiste tanto em seu conteúdo como na
finalidade que ele tem em mente ao contá-las. Para ele a parábola é mais do que
apenas recurso didático destinado a iluminar e esclarecer o significado de
algum texto bíblico (que é o método rabínico); é antes de tudo uma forma de
proclamação – as parábolas são a própria pregação. “Nesta passagem de Mateus capítulo
13, Jesus inicia uma maneira de ensinar que marcaria todo o seu ministério.
Jesus fez das parábolas sua principal forma de revelar o Reino de Deus. A visão
que Jesus tinha do reino de Deus é claramente configurada em muitas parábolas.
A este respeito são de especial interesse as treze parábolas no Evangelho de
São Mateus, que se referem especificamente ao Reino de Deus, o qual é o tema
principal de todo o seu ministério entre os homens:
Em Mt 13,1-9 ele conta a parábola do Semeador.
Em Mt 13,24-30 ele compara o Reno de Deus
ao Trigo e a oposição ao reino ele chama de Joio.
Em Mt 13,31-32 ele declara que é Reino de
Deus é semelhante ao grão de mostarda, cujo início foi simples e humilde, porém
com o passar dos anos e tornou amplo e poderosamente influenciador do
comportamento humano.
Já
em Mt 13,33 ele comparou o Reino ao
fermento que uma mulher aplicou a uma massa de tal forma que toda ela foi
influenciada pela presença do fermento.
Em Mt 13,44 Jesus falou do Reino como um tesouro
escondido de mui grande valor.
Em Mt 13,45 ele comparou o Reino a uma a
uma pérola de grande valor.
No
capítulo Mt 13,47-50 ele fez a comparação
do Reino com uma rede do pescador, que de início trás para a praia tudo o que
vem dentro, todo tipo de peixe, mas em seguida os pescadores passam a seleciona-los,
fazendo uma separação entre os peixes aprovados para o comércio ou para
alimentação e os que são devolvidos a água, porque não passaram no teste.
Depois
deste capítulo Jesus voltará a falar do Reino por parábolas no capítulo 18.23-35 onde ele usará a figura do servo
que foi perdoado mas não perdoou seu irmão para ilustrar que Deus quer que
demos aos outros aquilo que dele a gente já recebeu.
Em Mt 20,1-16 a Parábola dos os Trabalhadores
da Vinha, ilustra a Graça de Deus e como ele nos recompensa de maneira que nós
não merecemos. Pois um trabalhador que chegou na última hora do dia recebe um
salário igual a outro que trabalhou o dia todo.
Em Mt 21,33-43 Jesus fala do Reino através
da parábola dos Viticultores Homicidas, que se apropriaram da vinha de seu
senhor, mataram os que foram enviados para cobrar o arrendamento e pior não
respeitaram nem o filho do dono, o qual mataram também, não há dúvidas que esta
parábola retrata Israel e como eles reagiram a chegada de Jesus como Messias.
Em Mt 22,1-14 O Banquete de Núpcias, é um
anuncio de quem realmente ouvirá o convite de Deus para fazer parte do Reino dele.
O Reino só será recebido e percebido por pessoas que se esvaziarem de si mesmos
e não considerarem que suas vidas e seus afazeres são mais importantes do que a
revelação do Reino de Deus.
Em Mt 25,1-13 conta uma das parábolas de
Jesus que ao meu ver é uma das mais tristes, a parábola das Dez Virgens. Era comum
em casamentos orientais, os noivos convidarem várias amigas para serem suas “damas
de honra” (na nossa linguagem). Elas ficavam aguardando o noivo e precisavam
estar com seus candeeiros acesos na hora da chegada dele. Ele demorou, todas
dormiram e quando ele as chamou ao chegar, metade delas ficou para trás porque
não tinham como iluminar seu caminho até a casa da noiva. Isto ilustra o fato
de muita gente que aparentemente caminha com Cristo, mas na hora de
compartilhar a sua luz, elas estão em trevas. O noivo se aproxima e estas
pessoas estão no escuro.
E
por fim nas parábolas do Reino escritas e narradas por Mateus, no capítulo 25,14-30, Jesus compara o Reino aos talentos
de ouro ou prata, que um homem rico confia na mão de seus servos ou empregados,
para eles investirem este valor. Porém enquanto dois o fazem, um deles
simplesmente enterra o talento. Este quando é cobrado alega medo de perder o
que lhe foi confiado e por isso não ousou negociar com o dinheiro de seu senhor.
Uma brilhante ilustração para que a gente não guie a nossa vida pelo medo, mas
pela fé naquele que nos confiou.
Estas
e outras parábolas concretizam para nós a visão que Jesus tem para uma
sociedade em que o Deus do amor permanente, reina nos corações de todas as
pessoas e se torna visível no amor que perdoa, no amor compassivo de uns para
com os outros em todos os aspectos da vida diária.
As
parábolas são narrativas dos seres humanos interagindo nas questões sociais,
políticas e econômicas. São parábolas sobre banquetes, festas de casamento,
fazendas e trabalhadores das fazendas, plantações de uvas, famílias reais,
comerciantes e mordomos, homens nobres e serventes, estradas públicas, tribunais
de justiça, o templo, por certo quase todos os aspectos da vida pública e
social no tempo de Jesus aparece em sua parábolas.
Parábola,
também é descrito como uma narração alegórica na qual o conjunto de elementos
evoca outra realidade de ordem superior como no exemplo: Escrito pelo filosofo
Platão,
O Mito da Caverna
Imaginemos
um muro bem alto separando o mundo de uma caverna. Na caverna existe uma fresta
por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem
seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada,
acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do
fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro,
mantêm acesa uma fogueira. Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a
realidade. Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um
instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança
na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que
encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas
por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Outra
parábola interessante é uma parábola africana sobre:
O Sapo e o Escorpião
Certa
vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido: Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo? O sapo respondeu: Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar e morrer. Disse o escorpião: Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos. Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião não resistiu a tentação e cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: Por quê? Porque você fez isso, eu te ajudei e agora nós dois vamos morrer? E o escorpião respondeu: Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza meu caro desculpe.
O escorpião vinha fazer um pedido: Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo? O sapo respondeu: Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar e morrer. Disse o escorpião: Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos. Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião não resistiu a tentação e cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: Por quê? Porque você fez isso, eu te ajudei e agora nós dois vamos morrer? E o escorpião respondeu: Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza meu caro desculpe.
A parábola
tem sempre um fundo moral, uma lição e uma maneira de fixar verdades e valores
em nós e em nossas memórias.
Das
Sete parábolas que Mateus registrou em neste capítulo deixa eu extrair algumas
lições práticas para a nossa vida:
1º A perseverança ao lidar com as
circunstâncias contrárias da vida. Na parábola do semeador, este homem
semeou em quatro terrenos diferentes. Setenta por cento de suas sementes não
produziram absolutamente nada. Ele só colheu frutos de vinte e cinco por cento
do que plantou, e mesmo assim a colheita foi pequena porque só um pouco da
semente que ele plantou deu 100 por 1 de retorno, mas ele per – se – vê – rou!
. Como está seu nível de perseverança na vida, no Reino de Deus, com seus entes
queridos, com seus sonhos e projetos, com a transformação de seu caráter? Vs3-8
2° Não julgue as pessoas pela aparência,
pois só quem sabe de verdade quem é Joio e quem é Trigo é Deus. Jesus
lhes contou outra parábola, dizendo: O
Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu
inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi.Quando o
trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu."Os
servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: O senhor não semeou boa
semente em seu campo? Então, de onde veio o joio? Um inimigo
fez isso, respondeu ele. Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que vamos
tirá-lo? Ele respondeu: Não, porque, ao tirar o joio, vocês
poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até
à colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e
amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no
meu celeiro. vs. 24-30, Não julgue um
livro pela capa, um perfume pelo frasco ou uma pessoa pela aparência. Vs 47-50:
O Reino dos céus é ainda como uma rede que é lançada ao mar e apanha toda
sorte de peixes. Quando está cheia, os pescadores a puxam para
a praia. Então se assentam e juntam os peixes bons em cestos, mas jogam fora os
ruins. Assim acontecerá no fim desta era. Os anjos virão, separarão os perversos dos justos e
lançarão aqueles na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
ILUSTRAÇÃO: Um
dia um sábio enquanto ensinava sobre não julgar as pessoas disse para seus
alunos: Quando chegarmos ao céu teremos 3 surpresas.
Primeira:
estar lá. Pois a maioria de nós por mais que tenha fé, de vez em quando se
pergunta será que chegarei lá?
Segunda:
pessoas que você tinha certeza que iriam estar lá não estarão. A hipocrisia
consegue enganar muita gente menos a Deus.
Terceira: pessoas
que você tinha certeza que não iriam para lá, estarão lá. Gente que a vida
inteira você julgou indigna, porém como já disse deus não v~e como nós vemos e
ele disse para Samuel o profeta: “Você observa a aparência, eu enxergo o
coração”.
3º Não despreze as pequenas coisas que
Deus está fazendo em sua vida, você não sabe o poder que ele tem de transformar
coisas pequenas em grandes. Vs 31-33 E contou-lhes outra
parábola: O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em
seu campo. Embora seja a menor
dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se
transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em
seus ramos. Tudo o que hoje é grande
começou pequeno.
4º Tenha tesouros na
vida, e baseie a sua felicidade naquilo que realmente importa, naquilo que o
ladrão não pode roubar, a ferrugem não destrói e o tempo não afeta. Vs 44-46 O
Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o
encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o
que tinha e comprou aquele campo. O Reino dos céus também é
como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando
uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou. Quais são
os seus tesouros? Quais são suas pérolas preciosas?
Deixa
eu te falar de dois tesouros que eu tenho:
· Meu Relacionamento
com Deus – oração – valores - palavra
· Meu Relacionamento
com quem eu amo – família – amigos – irmãos de fé
Jesus lhes disse:
Por isso, todo mestre da lei instruído
quanto ao Reino dos céus, é como o dono de uma casa, que tira do seu tesouro,
coisas novas e coisas velhas. V.52
· De valor
a tudo de novo, que é bom que você encontrar por este caminho chamado vida.
· Agora
não se esqueça das boas coisas velhas que você já aprendeu.
· Inovar
é bom, mas tem que ser com critério.
· Nem
tudo que é novo é bom e nem tudo que é antigo, perdeu o seu valor.