segunda-feira, 4 de junho de 2012

A dádiva da dor - Philip Yancey e Paul Brand (Dica de leitura)

                                                   

Já imaginou um mundo sem dor?


Há dois fatos da vida que perturbam praticamente todas as pessoas, e com os quais quase todo o mundo tem enorme dificuldade de lidar. Um deles é a inexorabilidade da morte; o outro, a inevitabilidade da dor. Por isso, é mais fácil aceitá-la como maldição em vez de bênção.

Fugimos da dor de todas as maneiras possíveis. Viver num mundo sem dor, portanto, parece ser o lugar ideal para a civilização ocidental, acostumada a gastar boa parte de seus orçamentos em remédios para aliviar todo o tipo de dor.

Entretanto, em seus longos anos lidando com pacientes acometidos pela lepra Paul Brand vivenciou a tragédia de viver num mundo sem dor, no qual por total insensibilidade ao toque, homens e mulheres, dia-a-dia, atrofiavam seus membros, numa automutilação sem fim.

Quando ninguém, nem mesmo a classe médica, importava-se com os leprosos, Paul Brand motivado por um forte sentimento de caridade pelos renegados e uma incontrolável paixão científica, decidiu dedicar a sua vida para lidar com aqueles que sofrem por não sentir dor.

Em sua investigação, Dr. Brand traçou o mecanismo da dor no ser humano e mostrou como ela precisa ser melhor compreendida. “Ouça a sua dor. É o seu corpo falando com você”, dizia. Em A dádiva da dor, Yancey nos conta como esse simpático doutor colocou a dor em seu devido lugar – um presente daquele que nos fez para que soubéssemos quando estamos maltratando sua preciosa criação.

Depois que li esta obra mudei a forma de encarar muitas coisas na vida, entre elas algumas dores e sofrimentos.

Sobre os autores:

Paul Brand  (1914-2003)
Ortopedista e cirurgião renomado, filho de missionários, o dr. paul Brand passou os primeiros anos de sua vida nas montanhas do sudoeste da Índia, de onde saiu para estudar na Inglaterra. Formado pela Universidade de Londres, voltou à Ásia em 1946, já casado com Margaret, para ensinar no Colégio e Hospital Cristão de Vellore. Neste retorno à Índia, o casal começou a trabalhar na assistência aos chamados “mendigos leprosos”, gente execrada por uma sociedade regida pelo sistema de castas. Foi assim que Brand desenvolveu um tratamento para as deformidades causadas pela doença, bem como uma nova forma de atendimento, mais humanizada. 

Palestrante e escritor, recebeu vários prêmios e títulos, inclusive o de Comandante do Império Britânico, concedido pela própria rainha Elizabeth II, em 1961. Escreveu uma centena de textos científicos e sete livros, três deles com Philip Yancey : Adádiva da dorAs maravilhas do corpo (publicado por Edições Vida Nova) e In his image (À sua imagem).

Philip(1949)
Escritor e jornalista, Philip Yancey  viveu toda a infância e início da adolescência no ambiente de uma igreja extremamente legalista do sul dos Estados Unidos. Assim, formou a imagem de um Deus legalista, nervoso e pronto para castigar sem misericórdia o menor deslize. Se de um lado as muitas leituras — em sua maioria, seculares — e o início da vida acadêmica conduziram Yancey ao questionamento das estruturas eclesiológicas, por outro pavimentaram o caminho para a descoberta de uma fé e de um relacionamento com Deus verdadeiramente fundamentados na graça.

Autor de sucesso, com mais de 14 milhões de livros vendidos em diversas línguas, Philip Yancey já escreveu para revistas e jornais de prestígio, como Reader's Digest, Saturday Evening Post e Christianity Today. Atualmente, além das atividades editoriais, ministra palestras em vários países, inclusive no Brasil, onde se tornou referência em literatura cristã.


Um comentário:

  1. Gosto muito dos livros de Philip Yancey, especialmente o livro “Rumores do outro mundo” . Yancey comenta que muitos acontecimentos interessantes podem ocorrer ao nosso redor e não serem processados pela incapacidade de visualizarmos o panorama global. Muito bom, recomendo.
    Sobre este tema escrevi uma meditação e peço a Deus que sirva para sua edificação pessoal: http://destilardosfavos.blogspot.com.br/2011/09/ah-eu-gosto-p.html
    Grande abraço, Regina Helena
    A ELE e, somente a ELE, toda Glória e toda nossa adoração!!!! Soli Deo Gloria!!!

    ResponderExcluir